25 de abril de 2024
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A força do agronegócio deve impedir evasão de recursos de MS

Ainda que o governo federal tenha que refazer suas contas e repartir o pouco que lhe resta, a deputada federal Tereza Cristina acredita que pelo fato de o agronegócio ser a grande alavanca da economia, Mato Grosso do Sul não será penalizado

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Os horizontes políticos não estão claros e impedem que se tenha uma percepção nítida da economia, e se os montantes de recursos destinados aos estados e municípios serão suficientes para evitar um caos administrativo que jogue por terra, mais do que as promessas de campanha, os projetos administrativos dos governadores eleitos.

Questionada sobre a pouca representatividade da bancada sul-mato-grossense (1,56%), em relação à totalidade dos membros da Câmara Federal (513 parlamentares), e se isso não penalizaria o estado neste momento em que o governo terá que atender às demandas e anseios dos deputados que compõem os partidos da base governista, a deputada Tereza Cristina (PSB) entende que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desceu do palanque de campanha já no discurso de posse, quando enfatizou que independência não pode ser confundida com oposição e que a principal plataforma é a independência do Poder Legislativo.

“Não acredito que haverá retaliação. A eleição acabou e vamos começar a debater o orçamento impositivo que deverá obedecer a proporcionalidade no contingenciamento do Executivo em suas contas. A presidente Dilma atravessou um período muito conturbado e isso lhe deu amadurecimento. Acreditamos que haverá bom senso na relação entre a Câmara e o Executivo, de qualquer forma temos que aguardar mais alguns dias.”

 

Em relação à importância do Mato Grosso do Sul no cenário nacional, e dos riscos da perda de investimentos no estado, Tereza Cristina foi enfática: “O grande motor da economia brasileira tem sido o agronegócio. Neste aspecto, Mato Grosso do Sul ganha em importância, uma vez que é parte desta grande âncora que vem permitindo o desenvolvimento do país. Com a presença da senadora Kátia Abreu no ministério da agricultura é de se supor que não faltarão investimentos principalmente para as obras de infraestrutura que permita reduzir custeios de, por exemplo, escoamento de safra. O investimento no agronegócio não pode ser confundido com “custo”.