26 de abril de 2024
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Bernal tem até segunda para apresentar proposta a professores e evitar greve

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Na próxima segunda-feira (4) acaba o prazo da prefeitura para marcar uma reunião com os representantes do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais de Educação (ACP), para apresentação de um índice com a proposta de cumprimento da lei 5.411, referente ao reajuste salarial da categoria na Capital.

Segundo o presidente da ACP, Lucílio Nobre, foi formada uma comissão entre o sindicato e a procuradoria geral do município para acompanhar os esforços do poder executivo no cumprimento dos reajustes de 13,01% e 11,36%, referentes aos anos de 2015 e 2016 respectivamente.

Lucílio explica que nas últimas negociações, o prefeito Alcides Bernal (PP) pediu o prazo de 40 dias para apresentação de uma proposta para a solução do impasse, mas se não for observado ‘boa vontade’ do prefeito, até o dia 4, em resolver a questão eles estudam abrir um regimento de greve.

Ainda segundo ele, no último dia 18 foi suspensa ação que tramitava na Justiça que considerava ilegal a greve dos professores. Na época, o então prefeito Gilmar Olarte (Sem Partido) acionou a Justiça pedindo a suspensão da greve dos profissionais, alegando que já cumpria a Lei Municipal 5.411.

Desde o último dia 17, em sinal de cobrança de uma resposta por parte da prefeitura, a Câmara de Vereadores paralisou a votação das pautas apresentadas pelo poder executivo.

Reajuste Particular

Também na próxima segunda-feira (4) acontece na sede do sindicato patronal, a partir das 9h30, à terceira rodada de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado de Mato Grosso do Sul – Setor Privado (SINTRAE-MS) e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de MS (Sinepe-MS).

O presidente do Sintrae-MS, Eduardo Botelho, destaca que as propostas de  índices de reajuste salarial apresentados anteriormente foram rejeitados porque estavam muito inferiores à inflação. “Enquanto a categoria reivindica 15% de aumento linear, a contraproposta inicial dos patrões foi de  apenas 6% na primeira rodada de negociação, já na segunda apresentaram índice de 8%, inferiores ao índice inflacionário do período que é de 11,08%. Nossa expectativa é de que na próxima rodada ocorra avanços e as entidades patronais comecem a negociar a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Não é justo que os professores e administrativos das instituições sejam desvalorizados. Defendemos um reajuste digno com ganho real”, destaca Botelho.