O deputado estadual e presidente da CPI da Saúde, Amarildo Cruz (PT), pediu o indiciamento por improbidade administrativa, corrupção passiva, fraude, entre outros do ex-prefeito Nelson Trad (PMDB), o diretor presidente da Telemídia e Technology International, Naim Alfredo Beydoun, os ex-secretários de saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Leandro Mazina, e dos gestores do Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde), mas seu pedido não foi acatado pelos demais membros da comissão. Ainda assim, seus colegas mantiveram as denúncias e vão encaminhar o relatório da CPI para 13 órgãos competentes.
Os argumentos dados pela mesa da CPI da Saúde no tópico "Gisa", são que em janeiro de 2010 Mandetta teria viajado para Portugal com a passagem paga pela Telemídia (empresa contratada para desenvolver o sistema). As viagens de Mandetta foram no período de sua campanha a deputado federal.
A administração de Trad não teria exigido experiência da Telemídia para sua contratação e Mazina teria aprovado a sub contratação de uma empresa de Portugal que foi terceirizada para desenvolver o programa. O valor anual cobrado foi de R$ 400 mil. Hoje, esta empresa não quer repassar o código fonte prevista em contrato.
Neste momento o relatório da CPI, apresentado pelo deputado estadual Junior Mochi (PMDB) foi aceito, tendo votos favoráveis dos deputados estaduais Eduardo Rocha (PMDB), Lauro Davi (Pros), Onevan de Matos (PSDB). O relatório foi entregue a deputada estadual Mara Caseiro (PT do B) representando a Assembleia Legislativa.
Foram acusados dez envolvidos no escândalo de contratos fraudulentos, além de Adalberto Siufi, ex-diretor do hospital do câncer e de José Carlos Dorsa, ex-diretor do hospital universitário. Foi pedido também o aprofundamento das investigações de mais 12 envolvidos.
Os deputados acreditam que há conivência por parte do Ministério da Saúde, pois este teria apresentado documentos dizendo que 89,5% do sistema teria sido implantado. Há também um documento assinado pelo atual prefeito Alcides Bernal (PP) afirmando que 96% do sistema estava implantado.
O endereço da Telemídia não existe, e houve a diferença de R$ 1 milhão entre o valor do edital e o valor do projeto apresentado ao Ministério da Saúde.
De acordo com o presidente, a empresa que perdeu a licitação para desenvolver o sistema possuía melhores condições e apresentou erros ingênuos como documentos vencidos.
Tayná Biazus e Diana Christie