28 de março de 2024
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Ivandro quer apurar denúncias sobre desvio de verba no CRS Coophavila com mais uma sindicância

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O secretário municipal de saúde pública, Ivandro Fonseca, pretende apurar as denúncias recebidas pelo MPE (Ministério Público Estadual) de que funcionários do CRS (Centro Regional de Saúde bairro Coophavilla - região sul de Campo Grande - estão desviando recursos públicos e recebendo honorários sem trabalhar com mais uma sindicância. Ivandro-Fonseca-Secretário-Saúde-640x320 No dia 10 de janeiro, o MPE instaurou inquérito civil n° 087/2013, para averiguar se há no CRS prática de desvio de recursos públicos. O inquérito foi aberto a partir do pedido da 29ª Promotoria de Justiça e Patrimônio Público de Campo Grande. Depois de várias tentativas de conversar com secretário por telefone, a equipe de reportagem do MS Notícias conseguiu falar com o secretário pessoalmente. Ivandro respondeu que desconhecia a denúncia, mas iria instaurar uma sindicância para identificar se há de fato o problema. Questionado sobre a ineficácia das sindicâncias abertas durante 2013 pela Sesau (Secretaria Municipald e Saúde), cuja maioria dos processos foi simplesmente arquivada, Ivandro negou que as sindicâncias não tenham apresentados resultados positivos e se defendeu alegando que todos os problemas enfrentados na área da saúde em 2013 são heranças da gestão anterior. Este não é o primeiro processo de investigação que a Sesau (Secretaria Municipal de Assistência Social) enfrenta. Em 2013, o MPE solicitou à prefeitura que resolve o problema de falta de leitos da Santa Casa de Campo devido aos prejuízos causados á população. Além disso, o secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca, teve que prestar explicações sobre a falta de medicamentos e equipamentos médicos, como máquinas de raio x, nas unidades de saúde da Capital. A UBS (Unidade Básica de Saúde) passou mais de cinco meses sem equipamento de raio e os pacientes eram obrigados a aguardar uma vaga para realização no CEM (Centro de Especialidade Médica). Outro problema grave que o secretário não conseguiu resolver, foi a epidemia de dengue que assolou Campo grande entre janeiro e março de 2013. Postos de saúde lotados, falta e enfermeiros e médicos para atender os pacientes, que, chegavam a esperar quatro horas para se consultar com médico, foram problemas constante durante o surto da doença na Capital. Diante do caos na saúde pública municipal, Ivandro tomou uma postura surpreendente passou a instaurar sindicâncias para apurar supostas irregularidades praticadas na gestão do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) na tentativa de justificar as falhas de sua gestão. Depois da sindicâncias que não chegaram a nenhum resultado concreto, o secretário se calou e tem evitado atender a imprensa, como constatado pela reportagem do MS Notícias, que tentou por diversas vezes hoje pela manhã contatá-lo por telefone, e se recusa a dialogar com os vereadores da capital, o que contribuiu efetivamente para o agravo da crie política entre vereadores e prefeito no ano passado e quase custou ao prefeito Alcides Bernal a perda de seu mandato. O vereador do DEM, Airton Saraiva, declarou à reportagem do MS Notícias em novembro de 2013 que havia recebido da população de Campo Grande uma série de denúncias sobre falta de médicos e medicamentos. Saraiva integra um grupo de vereadores que constantemente defendem a melhoria da saúde pública na Capital e que tentou por diversas vezes durante ano passado conversar com secretário para resolver os problemas, mas sem sucesso. O silêncio e a resistência em dialogar de Ivandro podem agora recair sobre ele. Segundo fontes próximas ao prefeito, Bernal está perto de exonerar o secretário e dar lugar a outro profissional, talvez indicado pelo PMDB ou por Jamal Salém (PR) e Paulo Siufi (PMDB), os mesmos que indicaram Lilian Maksoud para assumir a diretoria do IMPCG (Instituto Municipal , futuro aliado do prefeito, o que resolveria dois problemas de uma só vez. Bernal consertaria a pasta da saúde e conquistaria o apoio de pleo menos um dos cinco vereadores da principal bancada de oposição a ele na Câmara. Heloísa Lazarini