O novo presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Jerson Domingos, cortou em até 54% os salários dos conselheiros Iran Coelho das Neves, Ronaldo Chadid e Waldir Neves Barbosa, afastados há 6 meses por suspeita de corrupção.
Apenas em janeiro de 2023, cerca de R$ 55 mil dos robustos salários não foram pagos aos acusados.
Esses valores se referiam a gratificações e adicionais para o exercício do cargo. Os penduricários faziam dobrar os salários do trio investigado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
Antes da decisão de Domingos, o trio recebia as seguintes quantias:
- Iran Coelho das Neves – faturava R$ 100.712, teve uma redução de 54% no salário, passando a receber R$ 45.746,34;
- Ronaldo Chadid – faturava R$ 99.239,78, teve uma redução de 53,9%, passando a receber R$ 45.746.34;
- Waldir Neves Barbosa – faturava R$ 91.264,27, teve uma redução de 54%, passando a receber R$ 41.617,05.
Os três conselheiros estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Francisco Falcão, relator da Operação Terceirização de Ouro no STJ, desde o dia 8 de dezembro de 2022.
Conforme a denúncia, o trio fechou um contrato com a Dataeasy Consultoria e Informática em 2018, acordo que sugou R$ 102 milhões dos cofres públicos.
As investigações da Polícia Federal (PF), descrevem que houve o repasse de R$ 38 milhões por meio de uma rede composta por 39 pessoas físicas e jurídicas. Todas tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrado para viabilizar o aprofundamento da investigação.
CORTES SÓ VALEM PARA OS ACUSADOS
Os demais conselheiros receberam normalmente.
O maior valor foi pago ao conselheiro Osmar Domingues Jeronymo, que faturou: R$ 98.939,78. Jerson Domingos foi o segundo a lucrar mais: R$ 96.930,26. Na 3ª colocação de super-salários, os conselheiros Flávio Kayatt e Márcio Campos Monteiro receberam o mesmo valor: R$ 90.428,84.
FONTE: *Com O Jacaré.