O ministro Sérgio Moro deve se pronunciar às 11h de hoje (24.abril), sobre a demissão de Maurício Valeixo, o ex-diretor da Polícia Federal, exonerado na madrugada de hoje, após ontem, o presidente Jair Bolsonaro ter recuado da decisão. Bolsonaro luta desde março para tirar o agente federal do cargo, isso porquê, a PF investiga o "Gabinete do Ódio", comandado por Carlos Bolsonaro e também o Centrão, os novos aliados do presidente.
O Palácio do Planalto disse que Moro foi avisado com antecedência sobre a exoneração do diretor da Polícia Federal. Moro contestou essa a versão. Disse para aliados que soube da informação com a publicação do documento no Diário Oficial dessa sexta-feira .
Segundo integrantes do governo, Moro teria sido comunicado na própria quinta-feira (23.abril) pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner do Rosário sobre a exoneração do chefe da PF. A escolha de Rosário para supostamente dar a notícia se deve a ele e Moro terem uma relação desde a época que o ministro atuava como juiz da Lava-Jato e Rosário trabalhava em acordos da operação na CGU.
Como a coluna informou hoje, a ala militar que tentou colocar panos quentes entre o ministro da Justiça e Jair Bolsonaro e alertou o presidente que a saída de Moro do governo poderia reforçar o movimento de impeachment. Bolsonaro não tinha outra opção, ou abraça o Centrão e luta contra dentro da política, ou era pego pela PF. Com isso, mandou Valeixo para a rua.