25 de abril de 2024
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SURTO

Mortos por coronavírus sobem para 563; 28 mil estão infectados

Sete pessoas de uma peixaria teriam sido as primeiras infectadas

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O mesmo governo Chinês que repreendeu um oftalmologista da cidade de Wuhan de alertar colegas profissionais sobre o que viria a ser o surto do novo coronavírus no país, disse nessa quarta-feira (5), por meio do Comitê Nacional de Saúde da China que o número de casos confirmados no país aumentou em 3.694 desde a última contagem, chegando a um total de 28.018 infectados. 

O número de mortes somente na província de Hubei subiu em mais 70 casos. O total de mortes também já soma mais um caso cada na cidade de Tianjin e nas províncias de Heilongjiang e Guizhou.

Até mesmo um recém-nascido já foi identificado com o vírus. A criança aparentemente não apresenta sintomas de febre ou tosse, mas foram detectados problemas respiratórios. Um raio-x mostra infecção nos pulmões.

Um médico do hospital onde nasceu o bebê alertou para os riscos de contágio de mãe para filho, e pediu que especialistas e pessoal médico não descartem essa possibilidade.

Segundo a CNN, a doença surgiu após sete pacientes de um mercado de peixe em Wuhan serem diagnosticados infecção similar à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), esses pacientes estavam em quarentena no hospital em que o oftalmologista Li Wenliang trabalhava, ao identificar a doença, imediatamente Li enviou uma mensagem para amigos e parentes orientando eles a enviar mensagens para todos avisando, mas ele acabou até sendo conduzido a delegacia por emitir o alerta.

Em 10 de janeiro, após tratar de uma paciente com coronavírus, o oftalmologista começou a tossir e apresentar um quadro de febre. Dois dias depois, ele foi hospitalizado e teve uma piora no quadro — foi encaminhado para unidade de terapia intensiva, respirando com a ajuda de aparelhos. O diagnóstico positivo para coronavírus saiu no dia 1 de fevereiro.

Ele contou sua história em uma espécie de Twitter usado na China, de nome Weibo, onde recebeu diversas mensagens de apoio. No fim de janeiro, o governo chinês admitiu ter errado nas medidas para conter o avanço da doença.