28 de março de 2024
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‘Não precisamos de migalhas’ diz Ayrton de Araújo do PT sobre indecisão de Bernal

Dez pelo amadurecimento, Zero pela intransigência: média 5. Pouco para ser aprovado em sua nova administração.

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A administração pública de Campo Grande caminha perigosamente para a estagnação, um dos motivos de tantas críticas ao primeiro período do governo do prefeito eleito, Alcides Bernal. Naquela ocasião, ainda que tenha sido eleito em outubro de 2012, chegou ao mês de março de 2013, após três meses de gestão e cinco de eleito, sem haver composto seu secretariado. Agora, que a Capital vive uma situação emergencial, necessitando celeridade na composição da equipe de governo, alguns secretários são interinos e, diversas pastas não foram ocupadas.

Mesmo que isso pareça apenas a falta de poucos administradores, provoca um efeito cascata que paralisa as atividades da Prefeitura. Sem secretários, postos chave de terceiro escalão permanecem estagnados, serviços deixam de ser oferecidos. Sem secretários, sem atribuições de funções.

Primeira baixa

Ontem (14), por meio de nota, o PT oficializou que não pretende compor o governo de Bernal em função da indefinição de nomeações. Hoje, o vereador Ayrton de Araújo, visivelmente contrariado, foi enfático ao afirmar que “Nós vamos trabalhar de forma independente. O PT não está em busca de cargos, estivemos sempre com o Bernal, acreditávamos que ele iria nos chamar para fazer parte, não sei se ele não precisa aqui e no cenário nacional, mas ele viu que não precisa de nós [PT] em sua base. Não somos o partido do disse-me-disse, mas quanto à liderança na Câmara acho difícil ser o Alex [do PT]. O partido não vai liderar porque não precisamos de migalhas”.

A insatisfação começa a tomar corpo entre os vereadores da base e independente, em função do caráter centralizador do prefeito. Se Bernal apontou para uma forma de gestão mais amadurecida quando evitou confronto entre opositores e aliados ao não assumir a Prefeitura atabalhoadamente como havia feito na época da liminar; se mostrou uma postura de gestor quando, antes de reassumir seu posto fez uma visita ao legislativo; se foi assertivo na escolha de Paulo Pedra para compor sua secretaria de Governo; retrocedeu.