25 de abril de 2024
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Para Vander, Temer tem difícil missão de refazer a base aliada de Dilma, começando por Cunha e Renan

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A nomeação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) como novo coordenador político do governo deu fôlego à presidente Dilma Rousseff  e ao Partido dos Trabalhadores, que, agora contam com habilidade de diálogo de Temer para pôr fim ou pelo menos amenizar os efeitos da crise política enfrentada por Dilma desde início do segundo mandato. 

A partir de agora, a Secretaria das Relações Institucionais, que tinha status de Ministério, será extinta e as funções da pasta serão vinculadas à vice-presidência da República. 

Para o deputado federal, Vander Loubet, que também coordena a bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso, é decisão de Dilma é acertada e mesmo que gere certo desconforto em alguns petistas mais radicais, Temer é o nome ideal para reabrir o diálogo entre a presidente e os peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha, presidentes do Senado e da Câmara Federal, respectivamente.

"Acredito que a questão agora é resolver a crise política. A presidente precida de estabilidade política para governar. Essa é a prioridade e esse espaço ao PMDB, com Michel Temer será fundamental para reforçar a base do PMDB e retomar o apoio do partido, que hoje atua mais como oposição do que como base", analisa Vander.

Vander acredita que Temer conseguirá refazer a base de Dilma no Congresso, o que é vital para saúde do governo, que tem enfrentado dificuldades em aprovar medidas de seu interesse.

?Segundo o deputado, os primeiros passos de Teme, conforme informações veiculadas nos corredores do Congresso, será se reunir com Cunha e Renan, e também com representantes de diversos partidos, tanto da base quanto da oposição, para identificar as demandas de cada partido, o que pode significar abertura do governo em relação a reforma ministerial, que tem sido ostensivamente, evitada pela presidente Dilma.

Para Vander, seria prematuro afirmar que haverá uma reforma, mas a entrada de Temer na coordenação política deve abrir caminho para ampliar a participação do PMDB no governo assim como de outras legendas.

Mal estar em casa

Mesmo com as queixas do ex-ministro das relações institucionais Pepe Vergas, do PT, sobre a maneira como a informação da saída dele do cargo vazou na imprensa, o deputado Vander acredita que não deve haver nenhum mal estar no partido, embora alguns petistas tenham se manifestado contrários à nomeação de Temer, Vander entende que o momento é de gerenciamento de crise e que o partido e os aliados à presidente Dilma devem enter a importância desse abertura para garantir a governabilidade da presidente. "O foco agora é sair da crise e trazer aliados", finaliza.