27 de abril de 2024
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Puccinelli defende que Dilma resolva conflitos por terras no Estado antes que MS pegue fogo

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O governador do Estado, André Puccinelli (PMDB) defendeu, hoje pela manhã, que os conflitos por terras em Mato Grosso do Sul precisam ser resolvidos com urgência pela presidente Dilma Rousseff (PT) antes que Estado pegue fogo. Questionado sobre o andamento do processo da compra das terras da região do Buriti, o governador se mostrou esperançoso.

"Conversei ontem por telefone com o ministro da justiça José Eduardo Cardoso, ele me disse que, provavelmente, ele virá para Mato Grosso do Sul assim que terminar a avaliação das terras da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, estou acreditando nisso", declarou.

A confiança do governador de que o conflito está prestas a terminar se deve às recentes medidas tomadas pelo governo federal em parceria com governo do Estado, na última reunião entre ele o ministro da justiça em brasília, quando foi elaborado um plano estratégico para solucionar o conflito e ficou acertado o uso do Fepati (Fundo Para Terras Indígenas) para custear a indenização dos produtores rurais do Estado com recursos orçamentários do governo federal.

"O Fepati foi modificado e aprovado por unanimidade pelos deputados estaduais justamente para que governo federal execute com perfeição  a sua parte", explica o governador.

Questionado sobre a PEC 215, que está em tramitação no Congresso Nacional, Puccinelli afirmou que, para ele, a PEC, neste momento, não intefere diretamente nas questões estaduasi, que são sua principal preocupação. "A PEC está lá (Brasilia), aqui é uma peculiaridade em que todos os índios e não índios estão unidos na resolução do conflito", afirma. Não quero me ater à PEC, pois tenho convicção que no nosso caso, o conflito vai se resolver na base do diálogo. Acredito, inclusive, que Mato Grosso do Sul, servirá de modelo para outros estados".

Saiba Mais:

A PEc 215/00 prevê que a demarcação de terras indígenas seja submetida á aprovação do Congresso Nacional e tira a exclusividade da Funai (Fundação Nacional do Índio) sobre o assunto.

Heloísa Lazarini e Clayton Neves