Após o governo de Jair Bolsonaro (PSL), trazer ao vigor novamente a tabela do frete, suspensa desde a manifestação dosa caminhoneiros em julho desse ano, os trabalhadores voltam a se articular em grupos de WhatsApp para planejar nova greve geral ainda esse ano. Conforme o sindicato da categoria os trabalhadores se sentem tratados como “trouxas”.
Em áudio divulgado nessa manhã na Folha de S. Paulo, o líder dos caminhoneiros, Marconi França diz aos colegas que o governo só suspendeu a tabela para ‘ganhar tempo’. Outra liderança, Ronaldo Lima, também compartilhou no grupo de WhatsApp mensagens enviadas ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, dizendo que houve covardia e falta de interesse em negociar do governo de Bolsonaro.
A retomada da tabela, segundo a categoria, só poderia ser impedida com uma nova greve geral, que causaria caos novamente nas grandes metrópoles brasileiras. Alguns caminhoneiros, articulam em favor do governo, afirmando que o caminho à solução seria uma maior frequência em audiências públicas que tratam dos pisos, com o objetivo de conseguir um melhor cálculo na atualização deles em 2020.
A nova resolução do governo põe em vigor novamente os pisos da tabela do meio do ano, que foram considerados baixos pelos caminhoneiros, mas agora com a premissa de que os valores apontados contemplam apenas os custos do transporte e uma margem de lucro deve ser negociada entre os autônomos e as empresas que contratam o frete.
Com informações do Painel S/A, da Folha de S.Paulo.