Terminou a manifestação em frente a Funai (Fundação Nacional do Índio), que durou aproximadamente 4 horas, com produtores rurais de várias cidades do Estado e também do interior do Paraná, na manhã de hoje. O protesto foi contra as invasões indígenas. Com muitas faixas e ao som do Hino Nacional, os produtores paravam e liberavam o trânsito, isso aconteceu por horas. Eles reivindicam a legalidade nos estudos antropológicos feito nas terras, agilidade e rapidez nas indenizações do governo Federal e legalidade nas demarcações de terra. Alguns produtores reclamam da violência que os índios invadem as terras. “Eles chegam com foice, facas, alguns até com armas de fogo, nos empurram, fazendo a gente sair da nossa própria terra. Sou proprietário de uma fazenda há 45 anos, foi invadida pelos índios desde o dia 28 de outubro deste ano. Matam o gado para fazer festas, só sabem beber e não trabalham, é uma grande baderna”, reclama o produtor de Guaíra, Paraná, José de Assis, que veio até Campo Grande especialmente para participar do protesto, dizendo que esse conflito precisa de uma solução o mais rápido possível. “Os índios matam nossos animais e ninguém pode falar nada, porque a Funai está do lado deles”, disse outro produtor de Iguatemi (MS), Valdir Ferreira. A grande maioria dos proprietários de terras estão desacreditados do governo. “Lula ficou no poder 8 anos e não fez nada, a Dilma finge que não sabe. Isto é um problema antigo, chega de esperar pelo governo, começamos a agir com as próprias mãos em busca de um acordo. Minha propriedade, foi invadida, mas outros produtores me ajudaram a expulsar os índios”, disse Gilson de Souza, de Miranda(MS). Muitos protestantes reclamaram da falta de emprego que de certa forma, as invasões podem gerar. “Não vamos ter como produzir sem nossas terras, isso acaba afetando a cidade inteira, muita gente desempregada”, explica Marciano Romam, 35 anos, de Caarapó(MS). De acordo com João Aurélio Damião,53 anos, produtor rural e também participa da Comissão de defesa a propriedade Rural, o objetivo da manifestação foi de alertar a sociedade, pedindo justiça. “Não estamos aqui para fazer bagunça. Índios e proprietários nunca foram rivais, quem cria esta desabilidade é a Funai”, disse Damião. Anna Gomes