Após os vetos do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), aos projetos apresentados pela Câmara de Vereadores, alguns parlamentares não concordaram com a atitude de Olarte, que ao vetar os projetos, não conversou com nenhum vereador sobre a situação. Os vetos foram publicados ontem no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), referentes à Secretaria de Assuntos Comunitários e ao atendimento em tempo razoável em cartórios da Capital.
Para o vereador Chiquinho Telles (PSD), a atitude do prefeito foi de “imbecilidade”, que partiu de alguém que não conhece o movimento. Para Chiquinho a comunidade sai prejudicada, pois a demanda em bairros da Capital são muito grandes, como poda de árvores, cascalhamento, corte de grama em praças, dentre outras, que acabam sobrecarregando uma secretaria.
O prefeito prometeu ao vereador que a secretaria iria ser criada, porém, não cumpriu. “Ele prometeu a secretaria, não é obrigação você prometer algo, mas se o faz, que se sumpra”. Chiquinho ficou surpreso ao saber do veto e foi pego de surpresa na manhã de hoje. “É uma falta de respeito com o vereador”, desabafou.
Já o vereador Carlão (PSB), também foi contra a atitude do prefeito, e a caracterizou como infeliz. Para Carlão, assim como Chiquinho, o prefeito deveria ter conversado com os vereadores. “Isso é sinal que ele é meio autoritário, a forma que ele vetou não foi correta”. Para o vereador, a secretaria visa um atendimento que aproxima o executivo e o legislativo da comunidade.
Além disso, o parlamentar lembrou da Secretaria de Assuntos Fundiários, criada pelo ex-prefeito Lúdio Martins Coelho, que trabalhava de forma parecida com que a Secretaria de Assuntos Comunitários iria agir, com o atendimento ao povo.
Em relação ao veto que diz respeito ao atendimento em cartórios, o vereador e ex-cartorário, Paulo Pedra (PDT), acredita que esse veto foi feito de maneira correta, visto que os serviços realizados em cartórios podem ser feitos de maneira rápida ou não, dando como exemplo o reconhecimento de firma e a confecção de uma escritura. “A maneira foi correta, dependendo do serviço o tempo é razoável ou não para realizá-lo”, lembrou.
Tayná Biazus