Foi identificada como sendo a estudante Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, assassinada com um tiro na cabeça disparado pelo colega L.O.T., de 16 anos. O crime aconteceu na manhã desta 2ª feira (23.out.23), na Escola Estadual Sapopemba, na Rua Senador Nilo Coelho, 690, no Jardim Sapopemba, em São Paulo (SP). A arma usada pelo menor, um revólver calibre 38, era do pai do autor.
Segundo apurado pelo MS Notícias, Giovanna foi alvejada com um tiro na nuca enquanto descia uma escada, quando iria encher sua garrafinha de água. Imagens de câmera de segurança mostra o momento do ataque (não publicaremos as imagens seguindo orientação das autoridades paulistas).
A avó de Giovanna concedeu entrevista à CBN e afirmou que a neta estava em um momento muito feliz da vida porque tinha iniciado um curso novo no período da tarde, remunerado. “Ela estudava de manhã e tinha começado a fazer um curso. Com o primeiro salário que ela a recebeu ficou tão feliz que disse que ia estudar mais”, afirmou Luzia de Carvalho Silva, em entrevista à rádio CBN.
Como mostramos mais cedo aqui, o suspeito do ataque havia feito registro de ocorrência no dia 24 de abril deste ano pedindo providências contra um grupo de meninas. Ele disse ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos. Ele alertou à polícia que além dele, um grupo de amigos estavam sendo alvos de bullying por serem pessoas LGBTQIA+. Alunos confirmaram essa versão em frente à escola nesta manhã.
Conforme a avó da vítima, ao ouvir sobre o ataque à escola pela manhã, nem passou pela cabeça que sua neta teria perdido a vida, mas ela sabia das ameaças na unidade, assim como membros da unidade educacional. “Nunca esperava, mas todo mundo já sabia que ia acontecer alguma coisa nessa escola, porque há muito tempo estão falando que tava tendo ameaça lá. Por que não fizeram as coisas antes?”, indagou a avó.
Outras duas alunas da escola também foram feridas. Elas foram socorridas e levadas para o pronto-socorro do Hospital Sapopemba com ferimentos no ombro e no tórax. Um terceiro aluno, que se machucou na correria, já recebeu alta.
O autor de 16 anos, estudante do 1º ano do ensino médio do colégio, aparece sendo agredido em imagens anteriores ao ataque. A reportagem recebeu o vídeo de uma fonte na unidade que responsabilizou a inação da escola. "Ninguém fez nada, cara. O menino sendo agredido desse tanto e todo mundo rindo. Não consigo entender isso", disse, sob condição de anonimato. Eis o vídeo do autor sendo agredido na Escola Estadual Sapopemba:
O autor dos disparos foi detido e levado para o 70º DP (Sapopemba).
Uma câmera de segurança registrou o momento da ação em uma sala de aula, cheia de alunos. Houve gritaria e correria e os estudantes deixaram a sala em meio a muita confusão. As imagens circulam pela internet, mas não serão publicadas seguindo a orientação das autoridades paulistas.
