Angelina Nunes e Sérgio Ramalho, da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), estiveram no município paraguaio de Pedro Juan Caballero para acompanhar a investigação do caso Léo Veras, assassinado em 12 de fevereiro desse ano.
Segundo a entidade, até a última quarta-feira (26/2) sabia-se que a pistola que matou Veras foi usada em sete execuções relacionadas à facção paulista Primeiro Comando Capital (PCC). No último sábado (22/2), a polícia e o Ministério Público do Paraguai prenderam dez suspeitos de envolvimento no caso e apreenderam um veículo semelhante ao usado na execução do jornalista.
O assassinato de Veras foi incluído no Programa Tim Lopes, desenvolvido pela Abraji para combater a violência contra jornalistas e a impunidade dos responsáveis.
Em entrevista ao Knight Center for Journalism in the Americas, o correspondente paraguaio Cándido Figueiredo, que trabalha em Pedro Juan Caballero, disse que a situação na região está muito tensa após o ocorrido.
Conforme Cándido. “Há rumores de que o PCC estaria planejando ataques contra outros jornalistas”.
Cándido afirmou ainda que vive com escolta policial há 25 anos, devido a diversas ameaças que recebeu ao longo da carreira. Com o avanço do PCC, a região fica “mais perigosa”, relatou: “Eles implementam o seu poder na base do medo. (…) Acho que agora estão pressionando para que a gente não publique muitas coisas sobre eles”.
Saiu entrevista completa sobre a situação aqui.