10 de novembro de 2025
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Pai de três filhos, Ryan finge que morreu afogado para fugir com amante que conheceu na internet

Ele terá de cumprir pena de prisão e indenizar o Estado pelos custos da operação de busca

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Um homem de 45 anos foi sentenciado a 89 dias de prisão em Wisconsin (EUA) após forjar sua própria morte e deixar o país para se encontrar com uma mulher que havia conhecido pela internet.

O caso, ocorrido em agosto de 2024, envolveu Ryan Borgwardt, pai de três filhos, que simulou ter se afogado enquanto praticava caiaque no Green Lake.

A decisão foi tomada pelo juiz Mark T. Slate, do tribunal de circuito do Condado de Green Lake. Ele rejeitou um acordo de 45 dias proposto pela defesa e fixou a pena em 89 dias, correspondentes ao período em que Borgwardt foi dado como desaparecido, entre agosto e novembro de 2024.

Além da prisão, o réu foi condenado a pagar US$ 30 mil pelos custos da operação de busca, que durou 58 dias e envolveu mergulhadores e embarcações com sonar. Durante a audiência, ele expressou arrependimento pelas consequências do ato, que classificou como um erro grave contra sua família e amigos.

Ele foi condenado a 89 dias de prisão - Crédito: Divulgação/Green Lake County Sheriff OfficeEle abandonou esposa e filhos | Foto: Reprodução

Segundo a promotoria, Borgwardt elaborou um plano detalhado para desaparecer. Ele reverteu uma vasectomia, transferiu dinheiro para contas no exterior e manteve contato frequente com a mulher, declarando a intenção de começar uma nova vida. No dia da simulação, virou o caiaque, deixou documentos e o celular na água e seguiu viagem até a Europa.

As investigações só avançaram após a análise de um laptop entregue pela esposa às autoridades. Nele, foram encontrados registros de transferências bancárias e mensagens com a parceira, o que permitiu rastrear o paradeiro do homem, localizado posteriormente na Geórgia.

Borgwardt foi acusado em dezembro de 2024 por obstrução da justiça. Para a promotora Gerise LaSpisa, o impacto do caso vai além da condenação criminal. “Independentemente da pena, a destruição causada à sua família nunca poderá ser desfeita”, afirmou em audiência.