08 de novembro de 2025
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SOMERSET (INGLATERRA)

Pai é condenado à prisão perpétua por assassinato de neném na Inglaterra

A vítima, Brendon Staddon, nasceu prematura e morreu em 5 de março de 2024, após ser brutalmente agredido pelo pai, Daniel Gunter

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Daniel Gunter, de 27 anos, foi sentenciado à prisão perpétua pelo assassinato de seu filho, um recém-nascido de apenas 14 dias de vida.

O crime ocorreu em uma unidade de cuidados especiais do Hospital Distrital de Yeovil, em Somerset, na Inglaterra.

A vítima, Brendon Staddon, nasceu prematura e morreu em 5 de março de 2024, após ser brutalmente agredido pelo pai.

“Não havia nenhuma parte do corpo de Brendon que tivesse ficado ilesa no ataque brutal”, afirmou um detetive que investigou o caso.

Durante o julgamento, o juiz detalhou a violência sofrida pelo bebê, que teve “múltiplas lesões na parte frontal da cabeça e rosto, queixo, nariz, olhos and bochechas".

As lesões incluíam danos "no crânio, pescoço, tronco, mão esquerda, pernas e pés — fraturas causadas por torções e puxões — além de uma hemorragia interna significativa”.

“Em termos simples, uma força extremamente severa foi exercida sobre Brendon. Seu crânio foi esmagado e o pescoço, quebrado”, acrescentou o magistrado.

O juiz sugeriu como as agressões podem ter ocorrido: "Brendon tivesse sido segurado pelas pernas e balançado com força, fazendo com que sua cabeça e pescoço se movessem de forma excessiva e sua cabeça batesse várias vezes contra um objeto ou superfície”.

O bebê foi encontrado gravemente ferido pela equipe médica e, apesar das tentativas de reanimação, foi declarado morto às 4h59.

Enquanto a equipe médica tentava salvar a criança, os pais saíram do hospital para fumar. A mãe foi julgada por cumplicidade, mas acabou absolvida.

O promotor Charles Row KC descreveu Gunter como controlador e disse que os ferimentos eram comparáveis a "uma queda de um prédio de vários andares".

A defesa, por sua vez, alegou que o réu possuía QI muito baixo, era “imaturo para a idade” e teve uma infância “perturbada”.

O juiz reconheceu o impacto na família: "nenhum deles consegue compreender os motivos para esses acontecimentos chocantes”.

“Nenhuma sentença que eu possa aplicar hoje poderá aliviar a dor causada pela morte de Brendon", concluiu o juiz em sua fala.

O avô paterno, Simon Gunter, descreveu o neto como “simplesmente perfeito” e lamentou a perda em um depoimento.

“Ele era tão pequeno, mas tão bonito, simplesmente perfeito. Brendon era meu primeiro neto, filho do meu primogênito”, disse.

“Nunca veremos seus primeiros passos, sua primeira palavra. Ele nem sequer teve a chance de nos dar o primeiro sorriso”, finalizou o avô.