03 de maio de 2024
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AÇÃO DA PMMS

PM mata Alexandre com dois disparos de fuzil em Campo Grande

Policiais ignoraram cor da moto ao apontar o suspeito

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Alexandre Barreto de Castro, de 27 anos, foi morto às 18h40 da 5ª.feira (10.nov.22), na Rua da Docura, no Jardim Parati, em Campo Grande (MS).

Segundo registro, Alexandre foi alvejado no peito por dois disparos de fuzil efetuados pelo Policial Militar André Luiz.

O registro traz incongruências, pois a PM disse que recebeu um chamado no rádio sobre um suspeito em uma moto preta que estaria praticando furtos no Parati. Ao realizar rondas, a equipe liderada pelo PM Luiz, teria visualizado Alexandre sobre uma moto Honda, modelo XRE300, de cor verde. “Foi visualizado um indivíduo sobre uma motocicleta com as mesmas características repassadas para as viaturas, o qual estava sobre uma calçada”, relatou a PM, não esclarecendo se característica ‘cor da motocicleta’ foi desconsiderada.

Ao realizar a abordagem, os PMs disseram que inicialmente Alexandre não esboçou reação, mas na sequência teria sacado um revólver, momento em que foi alvejado a tiros de fuzil. 

A equipe liderada por Luiz disse ainda, que eles acionaram o socorro para resgatar Alexandre, mas diante da demora, colocaram o corpo na viatura e levaram ao Hospital Regional. Alexandre, porém, foi declarado morto às 19h pela médica Jaqueline Alencar.

No B.O André Luiz faz questão de afirmar que somente ele efetuou os disparos.

Logo após matar Alexandre, a equipe de Luiz acionou a equipe de ronda chefiada pelo Tenente Jackson.

A equipe plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Cepol), destacou que a motocicleta utilizada por Alexandre era verde e não preta.

No registro, não ficou claro que tipo de arma supostamente estava com Alexandre. Disseram apenas que era um revólver e estava com 6 munições intactas.

O fuzil usado por Luiz foi um Imbel, calibre 556, com numeração JFA02138, de carga da PMMS. A arma não foi entregue à Depac, sob a justificativa que a orientação da Instituição da PMMS é que se entregue a arma ao perito. 

Neste caso, quem recolheu o fuzil de Luiz a equipe da Perícia Científica, chefiada pelo perito Alexandre Fontoura.

O caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição a intervenção policial e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.