26 de julho de 2024
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INVESTIGAÇÃO

Polícia Federal revela quem mandou matar Dom Phillips e Bruno Pereira

Bruno foi morto com três tiros, um deles pelas costas. Dom foi assassinado por estar junto

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Rubens Villar Coelho, conhecido como "Colômbia", foi o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, revelou nesta 2ª.feira (23.jan.23), o superintendente da Polícia Federal (PF), no Amazonas, Alexandre Fontes. Os dois foram assassinados no Vale do Javari (AM), no início de junho de 2021.  

“Temos provas que ele [Colômbia] fornecia as munições para o Jefferson e o Amarildo, as mesmas encontradas no caso. Ele pagou o advogado inicial de defesa do Amarildo", disse Fontes.  

Fontes disse ainda que um relatório foi encaminhado à Justiça com mais seis indiciamentos pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação dos cadáveres. Antes, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado; Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima por duplo homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de corpos.

Colombia preso em Tabatinga  Foto: DivulgaçãoRubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia. Foto: Divulgação

“Tínhamos anteriormente três nomes. Identificamos o irmão do Amarildo, ele forneceu a arma de fogo para o Amarildo. Ele vai responder por partícipe do homicídio", disse Fontes.

ENTENDA

Registros apontam para desentendimentos anteriores entre o ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e Pelado, que é suspeito de envolvimento com a pesca ilegal na região. Segundo as investigações, Bruno e Dom foram emboscados e mortos depois que Bruno pediu a Dom que fotografasse o barco dos acusados, de forma a atestar a prática de pesca ilegal.

Bruno foi morto com três tiros, um deles pelas costas. Já Dom foi assassinado apenas por estar junto com Bruno no momento do crime.

Na última 6ª.-feira (20.jan.23), as audiências de instrução e julgamento dos três acusados pelos assassinatos foram suspensas pelo juiz da Vara de Federal de Tabatinga, Fabiano Verli. Os depoimentos estavam previstos para ocorrer a partir desta 2ª.feira e terminar na 4ª.feira (25.jan.23).

Na decisão, Verli apontou a falta de salas disponíveis para receber os réus para os depoimentos e disse que houve “lamentável falta de comunicação entre nós, da Justiça Pública”.

*Com Agência Brasil.