28 de março de 2024
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Artistas utilizam da pirografia ao entalho em madeira para divulgar a cultura regional

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O estado de Mato Grosso do Sul tem se destacado nos últimos anos pelos artistas regionais que tem mostrado seus trabalhos, exemplo claro é a dupla Munhoz e Mariano que se destacou nacionalmente após ganhar o quadro Garagem do Faustão do Domingão do Faustão. Porém, o Estado não se destaca somente no ramo musical, artesãos locais têm mostrado seus trabalhos em feiras, exposições, lojas próprias, na Casa do Artesão e tem atraído olhares diversos.

Natalino Rondon da Costa e Marcos Ortiz mostraram seus trabalhos à reportagem do site MS Notícias e com muita alegria falaram de como começou o desenvolvimento do artesanato e da realização que é utilizar esse meio para apresentar às pessoas suas habilidades artísticas.

O corumbaense e bombeiro Natalino nasceu em meio à mata e descendente de índio Guató e escravo, trabalhava com cerâmica e após um curso de entalho em madeira viu o hobbie como uma terapia. Em 1.998 passou no concurso do bombeiro militar e cessou os trabalhos, somente em 2.008 voltou a fazer entalhos. Ao começar expor seus artesanatos teve reconhecimento e hoje sua arte é levada como presente a estados como Santa Catarina e Minas Gerais e para países como Estados Unidos.

Natalino desenvolve o entalho em madeiras como cedrinho, cedro rosa, cerejeira e angelim. “Cada madeira é uma. A diferença é percebida no peso da peça, na durabilidade e no acabamento. Levo de uma semana a 20 dias para terminar as obras, depende do tamanho, modelo e desenho de cada uma”, afirma o bombeiro.

O vigia noturno da prefeitura Marcos começou com a escultura em pedra e hoje desenvolve arte através da pirografia, em madeiras, ossos e couro. A ideia do vigia é mostrar os temas regionais que hoje são representados através de 67 ícones catalogados. Exemplos são os indígenas, a arquitetura regional, a fauna e a flora pantaneira.

Para os artistas os governos do Estado e do município deveriam divulgar melhor a identidade de Mato Grosso do Sul, pois muitos não conhecem a história do local em que vivem. Para eles o governo deveria estudar uma forma de divulgar o nome do Estado.

“As pessoas devem valorizar os trabalhos. O povo continua muito fechado. O artesanato não é só uma terapia ou um passatempo, para muitos é a forma de renda e através dela é que os artistas formam suas famílias”, comenta Marcos. Além dos materiais já citados, Marcos aprimora sua criação através de murano e tinta óleo.

Aos que desejam presentear alguém especial e até adquirir para sua própria residência, basta entrar em contato com os artistas através dos telefones 67 – 9617-4499 (Marcos) e 67- 9246-6882 (Natalino). Os valores mínimos na arte de Marcos são de R$ 10,00 e na de Natalino é de R$ 40,00.

Tayná Biazus