26 de abril de 2024
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Aumento de impostos garante equilíbrio nas contas do Estado, segundo Azambuja

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O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ressaltou nesta sexta-feira (6),  durante visita do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União),  ministro João Augusto Ribeiro Nardes, a importância de se manter o equilíbrio das contas públicas nas administrações. O ministro veio a Campo Grande para lançar o livro “Governança Pública – O Desafio do Brasil” e ministrar palestra referente ao assunto. “ Hoje, o setor público brasileiro, seja ele municipal, estadual ou federal, tem que achar o ponto de equilíbrio, que é gastar aquilo que arrecada e fazer com que haja sobra desses recursos para investir nas prioridades da população”, disse Azambuja.

Em rápida entrevista concedida à imprensa, o governador reiterou a necessidade de elevar a tributação em Mato Grosso do Sul como forma de  priorizar o cumprimento da quitação de folha de pagamento do funcionalismo público estadual, bem como dívidas herdadas de gestão anterior.   “Neste ano, aumentou em R$ 30 milhões o gasto com folha e em R$ 10 milhões os repasses aos poderes. Em fevereiro de 2016, vamos começar a pagar a dívida que temos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), um gasto de R$ 20 milhões", explicou o governador.

De acordo com o peessedebista, os ajustes fiscais propostos pelo executivo estadual como o aumento nos valores do ITCD ( Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), e produtos considerados supérfluos, embora tenham provocado desconforto no bolso da população, irão ajudar a equilibrar as contas da administração estadual. “Aumentamos os impostos por necessidade. Nossa meta é garantir o 13° e cobrir o rombo de 2016. Nós fizemos o dever de casa, mas não resolveu. Precisamos pagar o salário em dia e garantir o 13°. A maioria dos estados não vai conseguir pagar o 13°”,acrescentou.

Em função de polêmicas em torno do aumento do ITCD, o governador efetuou readequações no projeto e o reenviou a Assembleia Legislativa. Conforme o governador, com a nova reformulação os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 20 milhões ao ano. “Só do diesel vamos perder R$ 250 milhões”, lembrou o tucano. Segundo Reinaldo, o aumento do IPVA em Mato Grosso do Sul,  será inferior ao de outros estados.