08 de julho de 2025
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CASO JULIANA

Após dúvidas sobre autópsia na Indonésia, família Marins solicita novo exame no Brasil

Parentes querem esclarecer causas da morte da publicitária em trilha na Indonésia; traslado custou R$ 55 mil e ainda enfrenta atrasos

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A família da publicitária Juliana Marins, que faleceu após uma queda durante trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, solicitou oficialmente uma nova autópsia no Brasil para confirmar as causas da morte. O pedido foi encaminhado à Justiça Federal com apoio da Defensoria Pública da União (DPU-RJ).

O traslado do corpo, estimado em R$ 55 mil, foi viabilizado pela Prefeitura de Niterói, cidade natal de Juliana e aconteceu na mesma semana em que o presidente Lula alterou as regras para o traslado de corpos do exterior.

O novo decreto estabelece que, em casos de dificuldades financeiras ou mortes que gerem comoção pública, o Ministério das Relações Exteriores pode assumir os custos do transporte.

A família agradeceu publicamente o suporte institucional e destacou a sensibilidade dos órgãos públicos diante da situação.

“Acionamos a DPU-RJ, que prontamente enviou o pedido à Justiça Federal”, escreveu Mariana Marins, irmã de Juliana, em uma postagem no Instagram. “Estamos esperançosos e confiamos em uma resposta positiva do Judiciário brasileiro.”

Mesmo com o corpo já liberado pelas autoridades indonésias, a logística internacional ainda impõe desafios para a repatriação. A companhia aérea responsável ainda não confirmou o voo e horário, o que tem gerado ansiedade nos familiares.

Esse tipo de traslado exige cuidados específicos, como documentação consular, cumprimento de normas sanitárias e articulações entre os dois países. Não se trata apenas de comprar uma passagem, mas de cumprir um protocolo internacional rigoroso.

A Defensoria Pública da União segue acompanhando o caso, e a família mantém contato constante com os órgãos envolvidos. Até o momento, não foi divulgado um prazo oficial para a chegada do corpo ao Brasil.

Por meio da conta “Justiça por Juliana Marins”, os familiares vêm compartilhando atualizações e agradecimentos pelo apoio que têm recebido. Eles reforçam o pedido por transparência e serenidade enquanto aguardam os desdobramentos legais e o encerramento do processo de luto.

A expectativa da família agora está concentrada na decisão da Justiça Federal e no cumprimento dos trâmites para que o corpo de Juliana possa, enfim, retornar ao país e ser velado com dignidade.