26 de abril de 2024
Campo Grande 31ºC

'DISCURSO CONFUSO'

Após reunião pela manhã, Bolsonaro diz que Brasil está 'uma maravilha'

Afirmação contraditória vem em menos de 24h depois da fala de que o país estaria 'quebrado'

A- A+

Terça-feira (05.jan.2021) pela manhã, o discurso de Bolsonaro era que o Brasil está quebrado e que ele não podia fazer nada, no período da tarde ele assumia que "a gente não tem recursos para investir". Após a reunião com ministros e presidente da Caixa Econômica, que apareceu na agenda só quando já estava em curso e durou cerca de uma hora e meia, o presidente Jair (sem partido) voltou a falar com apoiadores na manhã de hoje (06.jan.2021) afirmando que o país está "uma maravilha".

Informações da agência de notícias Folhapress apontam que, em um vídeo publicado por canal simpático ao presidente, Jair Bolsonaro declara o oposto do que disse terça-feira. "Confusão ontem, você viu? Que eu falei que o Brasil estava quebrado. Não, o Brasil está bem, está uma maravilha. A imprensa sem vergonha, essa imprensa sem vergonha faz uma onda terrível aí. Para a imprensa bom estava Lula, Dilma, gastava R$ 3 bilhões por ano para eles", disse o presidente.

O que se manteve nas falas destoadas de Bolsonaro em menos de 24 horas foi o ataque à mídia e imprensa. Hoje chamada de sem vergonha, ontem foi classificada por Jair Bolsonaro como "sem caráter.

Com o desemprego batendo recorde em novembro, situação que se estende pelas famílias de 14 milhões de brasileiros, o atual mandatário afirmou que uma das razões para a falta mão de obra no mercado de trabalho é a própria população que não tem preparação para fazer "quase nada".

"Então, [o Brasil] é um país difícil trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço", declarou Jair Bolsonaro.

Feita pelo IBGE, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, (PNAD COVID-19, iniciada em maio de 2020), tem por objetivo estimar o número de pessoas com sintomas referidos associados à síndrome gripal, além de monitorar os impactos da pandemia da COVID-19 no mercado de trabalho brasileiro.

Esse indicador leva em conta o mercado informal; autônomo e funcionário públicos, e apontou que a taxa de desocupação chega a 14,4%, o maior percentual da série histórica da pesquisa. Isso favorece para colocar a retomada do emprego em dúvida, apesar da geração recorde de vagas com carteira em novembro.