28 de março de 2024
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Gravíssimo

Atos antidemocráticos e milícias contra STF foram financiadas por estrangeiros; vídeo

Alexandre de Moraes aprofunda neste momento a investigação dessa informação, considerada por Toffoli "gravíssima"

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O ministro Dias Toffoli revelou ontem, 21 de fevereiro, que a investigação das notícias falsas (Fake News) identificou financiamento estrangeiro para os ataques das milícias virtuais contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e contra o Congresso Nacional. A investigação revelou quem investiu e com quem se associou no Brasil. A informação foi dada ao Canal Livre, da Band.

 — Esse inquérito que combate as fake news e os atos antidemocráticos já identificou financiamento estrangeiro internacional a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional  — disse.

Segundo Tofolli, os inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes aprofundam neste momento a investigação dessa informação, considerada por Toffoli "gravíssima".  — A história do país mostrou ao que isso levou no passado. Financiamento a grupos radicais, seja de extrema direita, seja de extrema esquerda, para criar o caos e desestabilizar a democracia em nosso país. 

O inquérito sobre as fake news foi aberto em 2019 como uma resposta do Supremo às crescentes críticas e ataques sofridos nas redes sociais. Desde o início, porém, a apuração foi contestada por especialistas e políticos por ter sido instaurada de ofício por Toffoli, então presidente da corte, sem provocação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Somente em 2020, por 10 votos a 1, o STF decidiu pela legalidade do inquérito. São alvos da investigação deputados, empresários e blogueiros ligados ao presidente Jair Bolsonaro, que sofreram medidas de busca e apreensão e quebras de sigilo.

Já a investigação sobre manifestações antidemocráticas começou em 2020 após uma sequência de atos em Brasília prestigiados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Para Toffoli, a informação sobre financiamento internacional mostra que os que atacam as instituições não são um "grupo de malucos".

"Há uma organização por trás disso, que ataca inclusive a imprensa tradicional e séria", destacou. "Temos que estar atentos, e o inquérito está em excelentes mãos.”