26 de abril de 2024
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Deputados discutem mudança na legislação após assassinato de Erlon Peterson

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Um clima de revolta tomou conta do plenário da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na manhã de ontem, pois alguns parlamentares fizeram uso da tribuna para ressaltar os assassinatos cometidos na Capital, entre eles, o caso do empresário Erlon Peterson Bernal que foi executado com um tiro na cabeça no dia 1º de abril e dos amigos  Breno Silvestrini, e Leonardo Fernandes que foram brutalmente assassinados em 2012 na Capital.

Ambos os crimes com algo em comum, o objetivo dos bandidos em levar o carro das vítimas para o Paraguai. Preocupado com a situação, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) fez questão de ressaltar que a população vive com medo e insegurança. “A população vive a mercê de bandidos, hoje em dia um trabalhador não se sente seguro ao sair de casa. Temos o caso do Erlon, temos o caso do Breno e do Leonardo que foram barbaramente assassinados na Capital, mas engana-se quem acredita que a diminuição na maioridade penal resolve algo, não acredito nisso, precisamos fazer com que as leis sejam cumpridas de forma integral. Se a justiça cumprisse as leis vigentes, o resultado seria outro”, afirma o deputado.

Discordando das ideias de Marquinhos, o também peemedebista Carlos Marum aproveitou o momento para ressaltar que é necessário estabelecer penas severas para aqueles que atentam contra a vida. “Temos que pensar sim em penas mais severas e reavaliar a questão da maioridade penal, porque eles não pensam duas vezes na hora de ceifar uma vida e é necessário fazer algo para evitar que crimes como estes que estamos nos deparando agora, aconteçam novamente”.

Marum relatou ainda que quase foi vítima de assaltantes ao fazer uma viagem para Santos. “Eu estava em Santos, peguei um táxi e ao subir a serra, nos deparamos com um acidente que estava deixando o trânsito totalmente congestionado. Em questão de minutos, bandidos estavam na pista com um revólver 38 e pedras na mão, fazendo um arrastão em todos os carros que estavam parados no congestionamento. Vivi momentos tensos e acredito que com a mudança da legislação, as coisas teriam uma melhora porque hoje saímos de casa, mas nunca sabemos se voltamos”.

 Dany Nascimento