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ELEIÇÕES 2024

Em 4 anos, patrimônio de prefeito saiu de R$ 1 milhão para R$ 43 milhões

Declaração que omitiu R$ 41 milhões foi 'um lapso', diz campanha tucana

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Nelson Cintra, do PSDB, quando foi eleito prefeito de Porto Murtinho (MS), em 2020, declarou que seu patrimônio total somava cerca de R$ 1 milhão (eis a íntegra). Passados apenas 4 anos como chefe da cidade pantaneira, o patrimônio do prefeito agora é de R$ 43 milhões.   

Neste ano, em declaração inicial à Justiça Eleitoral de MS, Cintra disse possuía R$ 1.602.125,78 em bens (eis a íntegra). No entanto, em 19 de agosto, Cintra solicitou “correção” da declaração, explicando que “por lapso” acabou esquecendo de citar bens milionários que havia declarado em 2023.

“Vem por meio deste, através da sua advogada que abaixo subscreve, requerer: a alteração dos bens do candidato, posto que no lançamento realizado no momento do registro da candidatura, por um lapso, foram lançados todos os bens constantes na Declaração de Imposto de Renda, referente ao ano de 2023”, solicita o documento, anexando uma lista que apresenta que o patrimônio do prefeito cresceu 2.587,5% de 2020 a 2024.

Veja a lista de bens os quais Nelson Cintra possui agora:

Como mostramos aqui no MS Notícias, ao longo de sua gestão, Cintra se envolveu em várias polêmicas e é investigado pelo Ministério Público, devido a uma confissão de suposta fraude envolvendo a doações irregulares de casas populares em Porto Murtinho. 

CONTAS REJEITADAS 

O Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) publicou no mês passsado em edição extra do Diário Oficial da Corte de Contas uma relação de gestores e ex-gestores que tiveram suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável. A lista foi enviada ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), a quem caberá a tarefa de declarar ou não a inelegibilidade de gestores e ex-gestores que figuram na relação.

Uma das personalidades na lista é Nelson Cintra e o atual prefeito de Paranaíba, Maycol Henrique Queiroz Andrade, conhecido como Maico Doido, outro envolvido em recente polêmica divulgada aqui.  

Cintra figura na lista negativa ao lado dos ex-prefeitos de Campo Grande, Alcides Bernal e Gilmar Olarte, o ex-prefeito de Sidrolândia, Daltro Friuza, o ex-prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novais, o ex-prefeito de Fátima do Sul, Eronildo Junior, e o ex-prefeito de Iguatemi, José Roberto Arcoverde.

Também estão lista o ex-prefeito o ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti, Wlademir de Souza Volk, o ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo, o ex-prefeito de Ribas do Rio Pardo, Roberson Moreira, o ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, o ex-prefeito de Rio Verde, Mário Kruger, o ex-prefeito de Itaporã, Marcos Pacco, a ex-prefeita de Itaquiraí, Sandra Cassone, e os ex-prefeitos de Aquidauana, Luiz Felippe Orro, Fauzi Muhamad Abdul Hamid Suleiman e José Henrique Gonçalves Trindade.

Ainda constam na lista os nomes do ex-prefeito de Brasilândia, José Justino Diogo, do ex-prefeito de Costa Rica, Jesus Baird, do ex-prefeito de Guias Lopes da Laguna, Jácomo Dagostin, do ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Carlos Ramos Amaducci, do ex-prefeito de Corguinho, Dalton de Souza Lima, do ex-prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, do ex-prefeito de Aral Moreira, Edson Luiz de David, entre outros. 

Em 6 de agosto, a lista de políticos com contas negadas foi republicada pelo TCE, onde consta o nome de Cintra. Acesse abaixo: 

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