26 de abril de 2024
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Em nome da vitória em 2014, Delcídio deixa de lado ideologias do PT e mantém preferência por Azambuj

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A participação do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) no Leilão da Resistência, realizado no último sábado, dividiu opiniões dentro do PT (Partido dos Trabalhadores). Por um lado, o ex-governador e vereador Zeca do PT e o deputado federal Antonio Carlos Biffi lideram um grupo de petistas que está revoltados com a presença de Azambuja no Leilão, tido para eles como  um ato de ameaça aos índios.

No entanto, se a atitude de Azambuja incomoda Zeca e seus correligionários que agora desejam ver o deputado longe do palanque petistas, o senador Delcídio do Amaral não se abalou e continua defendendo aliança com o tucano para se eleger governador pelo PT em 2014, mesmo que isso lhe custe transitar acima das ideologias históricas que formataram a identidade do Partido dos Trabalhadores e levaram figuras como Lula e Dilma á ocupar a cadeira de presidente da República.

Para Delcídio, a atitude de Azambuja é posição pessoal que não pode interferir na escolha de aliança. "Meu ônibus ainda está vazio e o projeto de candidatura própria é mais amplo e envolve questões pontuais. O fato é que todo e qualquer projeto de aliança tem suas contradições, esse é nosso grande desafio", afirma Delcídio.

Sobre o novo posicionamento de Zeca que tem afirmado que irá se manifestar dentro do partido contra aliança com Azambuja, Delcídio diz não estar ciente da questão. "Conversei com Zeca hoje e ele não fez nenhuma referência sobre assunto", afirmou Delcídio, que é conhecido pela sua capacidade de manter boas relações e diálogo até mesmo com opositores.

Em relação a suas alianças, Delcídio afirma que defende o diálogo, mesmo diante da diferenças. "Nunca neguei, por exemplo, que tenho uma boa relação com André, nossa conversa sempre foi positiva e pró-ativa. O mesmo acontece com Simone. A aliança com PMDB não irá acontecer pelo fato de eles assim como nós terem lançado candidatura própria ao governo do Estado", explica o senador.

Heloísa Lazarini e Clayton Neves