26 de abril de 2024
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CORONAVÍRUS

Mais de um milhão têm novo coronavírus; mais de 50 mil mortes

Veja a situação atual no mundo

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As únicas profissões que sobrevivem em meio ao caos estão relacionadas a saúde a comunicação. Médicos e comunicadores de todo o mundo trabalham o triplo do que já o fizeram em toda a vida. Mesmo com empenho de toda medicina mundial, o capital não consegue conter o avanço do vírus. Segundo o mapa da Universidade de Johns Hopkins, respeitada instituição de saúde do mundo, agora são mais de 1 milhão de infectados, baseado na última atualização divulgada ontem (2.abril). 

Conforme observou estudos da universidade, o número de mortes pela Covid-19 ultrapassou a marca de 50 mil. Por outro lado, mais de 200 mil infectados já estão curados. O número é mais expressivo se comparado ao divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que confirma até o momento 896 mil casos confirmados em 205 países.

Ainda segundo observação recente, a covid-19 já mata mais que a tuberculose, a doença infecciosa mais letal do mundo.   

O Ministério da Saúde brasileiro divulgou ontem: são agora 299 mortes; eram 241 na quarta, e 7.910 casos confirmados, eram 6.836 24h antes. A letalidade é de 3,8%. O novo balanço mantém o estado de São Paulo no topo da lista dos mais afetados pelo novo coronavírus: 3.506 casos confirmados e 188 mortes. 

Em decisão de caráter liminar (provisório) o juiz federal Manoel Pedro Martins de Castro Filho, da 6ª Vara da Justiça Federal de Brasília, determinou ontem (2.abril) que União, em caráter liminar, que exclua as atividades religiosas do rol de serviços considerados "essenciais" durante a pandemia. A liberação de cultos foi implorada por religiosos ao presidente em frente ao Palácio do Planalto.

Países que assumiram atitudes irresponsáveis assistem o crescimento do número de mortes de maneira acelerada. Nos EUA, um novo recorde de mortes em um dia: 1169 nas últimas 24h. A contagem reflete cifras reportadas pela universidade Johns Hopkins, entre as 20h30 de quarta-feira (21h30 de Brasília) e o mesmo horário de ontem (2.abril), elevando para 5.926 os mortos pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Espanha é outro que agiu com irresponsabilidade e já contabiliza 932 mortes nas últimas 24h. São um total de 10.935 mortes provocadas pela covid-19. 

Os espanhóis representam 19,6% das vítimas fatais — cerca de uma em cada cinco mortes. Já a Itália registrou 760 mortes e 4.668 novos casos em 24 horas. O país já tem mais de 13 mil mortes por coronavírus e 115 mil infecções confirmadas e deve prorrogar confinamento até dia 2 de maio.

No Japão, o número de novos casos em um único dia bateu recorde, mas país ainda tem menos da metade de mortes por covid-19 registradas na cidade de São Paulo. Até o momento, não há uma explicação científica para a resiliência nipônica ao coronavírus. A obsessão nipônica com a higiene, segundo analistas, pode estar fazendo a diferença neste momento. Não se vê lixo amontoado nas ruas e os banheiros públicos, em geral, se mantêm limpos. E os japoneses cultivam um hábito milenar que ajuda a manter a sujeira longe do ambiente doméstico: tiram os sapatos quando entram em casa. 

No Peru, começa hoje o rodízio entre homens e mulheres nas ruas. Na segunda, quarta e sexta-feira, os homens sairão para comprar comida, remédios e ir aos bancos; na terça, quinta e sábado, as mulheres. Ninguém sai aos domingos. A restrição irá até 12 de abril.

No Equador, o sistema de saúde e funerário entrou em colapso. O país teve, nos últimos dias, dificuldades para coletar os cadáveres das vítimas, e algumas famílias relataram que ficaram com o corpo dos parentes em casa por vários dias. Moradores de Guayaquil, a maior cidade do Equador, dizem que, por causa de rigorosas medidas de quarentena destinadas a impedir a propagação da doença, incluindo um toque de recolher, não têm como enterrar seus parentes de forma prática e digna. 

As imagens dos corpos deixados na rua são fortes. É o segundo maior número de mortes da América Latina, mesmo tendo apenas a oitava população do continente.

E as lágrimas de um repórter ao vivo na TV durante a cobertura no país.