26 de abril de 2024
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Deputados discutem sobre repasses da União para Estado

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A deputada estadual, Mara Caseiro (PT do B), criticou o governo federal pela falta de comprometimento  com os setores da saúde, educação e assistência social, pois, diferentemente dos estados e municípios que destinam recursos aos setores, a União não possui o mesmo compromisso previsto em lei. O Estado repassa 12% de sua receita, já o município faz o repasse de 15%. “Porque a União, que é a maior arrecadadora de impostos não se compromete em destinar uma porcentagem para essas áreas defasadas?”, disse referindo-se à saúde e educação, que em sua opinião são as que mais necessitam de atenção. Para a deputada, a União não “traz para si” o problema. Mara acredita que o correto seria tentar solucioná-lo de forma conjunta. Além disso, para a deputada, a presidente Dilma Rousseff (PT), preocupou-se muito em priorizar  “construções faraônicas” pra a Copa do Mundo, ao investir em saúde. “Investir em saúde é muito exigente, não é barato. Um aparelho para ser adquirido tem alto custo. Além da derrota do Brasil por 7x1 contra a Alemanha, outra derrota é ver que o governo federal priorizou obras em estádios e não saúde e educação”.Ao contrário de Mara Caseiro, o deputado Pedro Kemp (PT), afirma que o que falta é diálogo entre o governo do Estado e o governo federal e afirmou que a União tem feito muitos investimentos. Kemp exemplificou dizendo que foi destinado a Mato Grosso do Sul cinco aparelhos de radioterapia, que não foram aceitos pelo governo estadual e que somente após o escândalo da Máfia do Câncer, o Estado voltou aos diálogos com a União. “ Existe a suspeita que o Estado privilegiou a terceirização do serviço, por isso não aceitou os aparelhos de radioterapia”. Kemp lembrou também que  as maiores obras que acontecem em Mato Grosso do Sul são provenientes de recursos federais e acredita também que o próximo governador terá um diálogo mais próximo e poderá conseguir uma maneira para quitar a dívida do Estado com a União.  Para o parlamentar, esses recursos podem "substituir" as emendas. Tayná Biazus e Dany Nascimento