19 de maio de 2024
Campo Grande 18ºC

Olarte fala da cobra, mas diferente das ameaças de seu assessores, não mostra o pau

A população quer que as promessas do prefeito se concretizem, mas após a estrondosa vaia no Festival do Sobá, parece que teremos que conviver com as mentiras de supostas ameaças.

A- A+

O prefeito Gilmar Olarte (PP sob liminar) cancelou as comemorações dos pífios 500 dias de gestão (não de governo) sob a justificativa de que “ameaças” colocariam em risco o evento. Segundo secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Paulo Matos, ex-secretário da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), na gestão de Nelsinho Trad (PMDB), e casado com Liz Derzi Matos secretária municipal de Políticas para as Mulheres, as redes sociais, aplicativos de celular e ligações traziam ameaças à realização de evento comemorativo aos 116 anos de Campo Grande.

Estranho que a denúncia venha após a estrondosa vaia, acompanhada de gritos de “Fora Olarte” acontecido durante o Festival do Sobá, realizado na Feira Central, na quinta-feria (6), por mais de 2 mil pessoas, maior que qualquer orquestração feita por seis vereadores que lhe fazem oposição na Câmara, em contrposição aos 23 que lhe entronizaram no posto.

Alguns informativos, que divulgaram as denúncias, falam de supostas ameaças à organização do evento e ao próprio prefeito, mas não trazem as gravações com as ameaças que teriam sido enviadas até a membros do próprio governo, diferente do que foi divulgado antes das agressões ocorridas na Câmara Municipal de Campo Grande contra professores e população manifestante, quando o seu autointititulado, até pelas redes sociais, assessor de comunicação “Número UM”, e que se sobrepõe ao superintendente de comunicação da Prefeitura de Campo Grande, teve exposta suas ameaças, inclusive divulgando com um dia de antecedência o resultado de um julgamento que se realizaria 24 horas depois no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Utilizando-se do portal oficial da Prefeitura de Campo Grande, o prefeito e seus secretários blindados, denunciam, ainda que sem terem apresentado provas, uma suposta “estratégia de atentados à moral” contra o prefeito empossado, citando nomes. Segundo o site oficial da Prefeitura, o ex-prefeito Alcides Bernal e os vereadores Paulo Pedra (PDT), Luiza Ribeiro (PPS) e Alex do PT, teriam orquestrado as manifestações contra “o prefeito” Gimar Olarte, inclusive colocando em risco (confome a nota oficial sob a responsabilidade de Victor Barone, superintendente de comunicação da Prefeitura de Campo Grande) “a integridade física do funcionalismo público municipal, dos colaboradores, autoridades e demais convidados, e garantir a preservação estrutural do Clube Estoril, patrimônio social e cultural da cidade”.

“Foram muitas ligações, muitas ameaças, muito telefonema, muitos recados e, por segurança, para verificar melhor essas informações nós decidimos cancelar”, disse o secretário Paulo Matos, sem que em momento algum apresentasse provas das ameaças, diferente do que ocorreu quando do áudio divulgado em todas as mídias sociais feito pelo assessor 'número um' do prefeito.

Reproduzimos abaixo o áudio postado em 2 de agosto, pelo assessor, na esperança que o secretário Paulo Matos, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campo Grande, ou até o prefeito Gilmar Olarte façam o mesmo com o material que, segundo informaram  - mensagens intimidadoras chegaram por meio de mensagens nas redes sociais, em aplicativos de celular e ligações enviadas até aos secretários do governo municipal -, façam o mesmo.