O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, já ironizou os partidos do chamado centrão durante convenção do PSL em 2018, hoje o governo ao qual ele faz parte, na gestão de Jair Bolsonaro, negocia cargos com o mesmo Centrão atacado nas eleições por Heleno e pelo próprio presidente.
O general em palanque cantou aos apoiadores pesselistas:
“Eu vou pela primeira vez na minha vida cantar em um microfone alguma coisa que não o hino pátrio: ‘Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão'”, declarou o hoje ministro em discurso proferido no período eleitoral. “O centrão é a materialização da impunidade, ele vai lutar pela impunidade”, disse ainda.
O vídeo foi resgatado para mostrar aos brasileiros a contradição do presidente Jair Bolsonaro em se alinhar com o centrão após ter se pautado em uma suposta “nova política” para vencer as eleições em 2018.
“A recente aproximação do presidente Jair Bolsonaro com o centrão contradiz o discurso de que não haveria negociação em seu governo. […] Bolsonaro cedeu à velha prática de toma-lá-dá-cá”, disse a apresentadora Maju Coutinho. A reportagem trouxe ainda uma fala do presidente contra a “troca de favores”.
A estratégia de Bolsonaro é blindar-se de uma possível abertura de processo de impeachment, mesma estratégia tentada pela ex-presidente Dilma Roussef (PT), que de nada adiantou a ela.
O ex-capitão está cedendo cargos no governo para garantir o apoio de deputados de partidos como PP, PL, Republicanos e PSD.
Ontem, 4ªfeira (6.maio), o Diário Oficial da União (DOU) trouxe a nomeação de Fernando Marcondes de Araújo Leão, ligado ao PP, para a direção-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
VEJA O VÍDEO:
Se gritar pega CENTRÃO, não fica um meu irmão, se gritar pega centrão, não fica um... #JH #JornalHoje pic.twitter.com/XIr2IPlzEY
— Adiel zwe? (@adielzwei) May 7, 2020