29 de março de 2024
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Sem André no páreo, surge novo cenário na disputa pelo governo do Estado

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A decisão do governador André Puccinelli (PMDB) de permanecer no comando do governo do Estado já demonstra os primeiros sinais de impacto na estrutura do cenário político sul-mato-grossense. Depois de Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmar que, caso não se viabilize uma aliança formal com PT, ele pode se lançar na disputa pelo comando estadual, agora é a vez dos petistas cogitarem outras possibilidades.

Segundo o deputado federal Vander Loubet (PT), a aliança com PMDB não está totalmente inviabilizada. "A aliança com PMDB é muito difícil de acontecer, mas se o partido desistir de lançar Nelsinho ao governo, existe a possibilidade de uma composição de chapa", explica. Embora, admita a possibilidade, Vander faz questão de reafirmar o esforço do PT para se unir a Reinaldo Azambuja. "O Reinaldo tem demonstrado muito que quer o PT e o PT também quer o Reinaldo".

Assim como Vander, o pré-candidato petista ao governo do Estado Delcídio do Amaral acredita que o PMDB tendo candidato próprio ao governo fecha as portas para o PT. No entanto, se não houvesse um candidato, a realidade poderia ser outra. "A aliança com o PMDB tem o impedimento de eles e nós termos candidatos próprios ao governo do Estado", afirma Delcídio. O petista acrescentou que para viabilizar a união entre os dois partidos, "o PMDB teria que tomar uma decisão."

Este novo cenário seria uma solução mais que perfeita para o PT nacional, que poderia eleger mais um governador, no caso Delcídio, e ter mais um parlamentar em sua base aliado no Congresso, a senadora, caso eleita, Simone Tebet, que terá total apoio durante a campanha do governador André Puccinelli. Ele mesmo já anunciou repetidas vezes que pretende trabalhar em prol da vitória de Simone pedindo votos para "sua filha política". Uma aliança desse calibre, em especial por ter o apoio de Puccinelli, certamente irá minimizar o poder de fogo de chapas adversárias se tornando um verdadeiro balde de água fria para aqueles que sonham em comandar o Estado.

Delcídio garantiu que ainda é cedo para avaliar os impactos da decisão de Puccinelli, e confessou surpresa ao saber da notícia. "Fiquei surpreso porque até então acreditava que André iria ao Senado, mas acredito que a decisão foi tomada baseada em estudos e pesquisas e na vontade população que pedia a ele para continuar no governo até 31 de dezembro."

Petrobrás

Sobre o escândalo envolvendo a Petrobrás na compra da refinaria da Pasadena no Texas (EUA) o senador Delcídio do Amaral (PT) voltou a dizer que o fato não e reflete na sua candidatura. " Esta é uma questão nacional e o Mato Grosso do Sul  vive um novo  cenário e isso não interfere em nada."

Editada às 11h21 para acréscimo de informações

Heloísa Lazarini e Dany Nascimento