26 de abril de 2024
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PRESIDENTE DO PT

SUS "mata" Gleisi Hoffmann e dá apelido de 'Bolsonaro' à deputada

Hoffmann disse que o motivo teria sido um ataque hacker ao sistema em 2019 e cobrou o Ministério da Saúde

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A deputada Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, disse que teve o cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS) cancelado após ser dada como "morta". No mesmo documento, foi atribuído a ela o apelido de "Bolsonaro". A informação foi confirmada pela reportagem.  

Agora, Hoffmann precisa provar que está viva para conseguir tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, prevista para setembro. Ela recebeu a primeira dose no dia 26 de junho em Brasília. A própria unidade de saúde onde a deputada foi vacinada informou que seu Cadastro Nacional do SUS havia sido cancelado por motivo de óbito. — Levei um susto! Segundo a unidade de saúde, impede (que receba a segunda dose). Me avisaram logo para que eu pudesse regularizar logo a situação - disse.

A parlamentar disse que já foi feito contato com o Ministério da Saúde via serviço de atendimento, por telefone, solicitando o processo de regularização. — Vamos aguardar alguns dias. Se não acontecer, terei de tomar medidas judiciais, uma ação de obrigação de fazer —, comentou.  

Hoffmann disse que o motivo teria sido um ataque hacker ao sistema em 2019 e sugeriu que a fraude deve ter atingido muitas pessoas. A deputada ainda cobrou uma ação por parte do Ministério da Saúde.

A presidente da sigla pediu ajuada a Alexandre Padilha (PT-SP), ministro da Saúde na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff para solucionar o problema. O comentário foi feito ontem durante uma reunião da bancada do partido.

Padilha recordou ataques de hackers ao sistema da pasta em 2019, bem como o vazamento de dados de pelo menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnótico suspeito ou confirmado de Covid-19, entre eles o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como revevou o 'Estadão'. Na ocasião, o deputado acionou o Tribunal de Contas da União (TCU).

— À época, fizemos uma representação ao TCU, um requerimento de informação de apuração ao Ministério da Saúde e uma audiência pública na Câmara, na qual o ministério disse que estava apurando o que havia acontecido. Até hoje não tivemos resultado dessa apuração — disse Padilha ao GLOBO. — Durante a reunião, eu disse que acreditava que o nome dela deveria ter sido alterado junto com outras pessoas. Inclusive a alteração tem as características desse bolsonarismo à época, essa coisa de citar o Bolsonaro.

Procurado, o Ministério da Saúde ainda não retornou até esta publicação. O espaço segue aberto.

FONTE: EXTRA | FOLHA | O GLOBO