23 de abril de 2024
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Tebet sobre juiz de garantias aprovado por Bolsonaro: "Estranho, ilegal e retrocesso"

Tebet disse que o juiz de garantias inviabiliza o sistema criminal brasileiro, gera atrasos intermináveis no julgamento de processos contra o crime organizado e de combate à corrupção

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A parlamentar sul-mato-grossense, Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), advogada Simone Tebet (MDB), considerou a atitude o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “No mínimo, estranha”, após ele não vetar a linha de juiz de garantias, no Pacto Anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro. 

Tebet destacou que o ministro e o líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO), se posicionaram a favor do veto.

Além de considerar “estranha”, a senadora sul-mato-grossense disse que o estabelecimento da figura do juiz de garantias é “inconstitucional“, “ilegal”, “inviável” e, por fim, um “retrocesso”.

“No máximo, inconstitucional, por vício de iniciativa (prerrogativa do Judiciário); ou ilegal, por inobservância à Lei de Responsabilidade Fiscal [LRF] (qual será a fonte de recursos para nova despesa?) ”, questionou.

“No conjunto, inviável. Quase a metade dos municípios não têm 1 único juiz criminal, que dirá 2 (de onde brotarão os recursos para nomeá-los?) ”, reforçou.

Por fim, Tebet disse que o juiz de garantias inviabiliza o sistema criminal brasileiro, gera atrasos intermináveis no julgamento de processos contra o crime organizado e de combate à corrupção.

“Em uma única palavra: retrocesso“, finalizou a senadora, que é advogada.

Veja a declaração publicada nesta quinta-feira (26/12/2019) em rede social: