26 de abril de 2024
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Vereadores esperam que prefeito resolva definitivamente desapropriação de prédio da Câmara

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A menos de dois dias para o encerramento do prazo que evita o despejo dos 29 vereadores do prédio da Câmara de Vereadores de Campo Grande, alguns vereadores da base do prefeito Gilmar Olarte (PP) não entendem o motivo pelo qual a negociação foi deixada para último momento e acreditam que já passou da hora de solucionar o conflito entre a Haddad Engenheiros Associados, a Prefeitura Municipal e a própria Casa de Leis.

Para os vereadores, a questão deve ser resolvida, pois está é uma obrigação do executivo municipal. “Não há mais o que o Gilmar protelar, agora é a hora para solucionar o problema. O prédio não é para os vereadores, e sim, para a população”, afirma Chiquinho Telles (PSD).

As dívidas do imóvel onde se encontra a sede da Câmara de Vereadores devem ser negociadas e pagas, acreditam os vereadores Carlão (PSB) e Loester (PMDB). Para ambos, o valor que deverá ser pago é o valor real e não algo exorbitante, como a empresa pede. “A desapropriação deve ser paga, só desapropria quem tem dinheiro. Agora, a questão dos alugueis pode ser negociada e quem sabe parcelada”, sugere Carlão.

Os parlamentares lembram também que o valor utilizado na negociação da Câmara de Vereadores é dinheiro público e que não pode ser utilizado de forma irresponsável. “Tem que ter cautela com o dinheiro público, não dá para pagar um valor que não vale”, acredita Chiquinho. Ainda para o vereador, as negociações acontecem até o último minuto porque a prefeitura pretende pagar um preço justo, e por isso, deve-se negociar até o último momento.

Loester também defende que a responsabilidade em resolver o problema é exclusiva do executivo municipal “Isso é problema do prefeito, os vereadores não têm nada a ver. Faz parte da responsabilidade do executivo. Se a Câmara vai pra rua é responsabilidade do prefeito”, desabafa.

Mesmo com essa situação, Chiquinho, Loester e Carlão garantem que os parlamentares não deixarão de trabalhar. “A Câmara funciona em qualquer lugar, pode ser embaixo de um pé de laranjeira, um pé de mangueira. Nós vamos trabalhar e o lugar de vereadores é nas ruas e nos bairros. Achando um lugar pra colocar a parte administrativa, os vereadores trabalham na rua”, finaliza Chiquinho.

Tayná Biazus