O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestro) apresentou hoje, uma quadrilha especializada em roubos de gado em Mato Grosso do Sul. Ao todo foram presas 10 pessoas, dois deles já foragidos da justiça, por crimes da mesma natureza, abigeato (furto de gado). Também foram apreendidos nove veículos, 300 animais e duas armas de fogo, de um total de 12 boletins de ocorrência.
Foram 30 dias de investigações do Garras, juntamente com o 1º Distrito Policial de Aquidauana, já que o receptador tinha propriedade rural naquele município. O ponto de partida da operação foi o furto qualificado (abigeato), registrado no dia 5 de fevereiro de 2015, onde foram furtados 110 animais, porém dias antes a propriedade já havia sido vítima de furto de 12 bezerros da raça Brangus – Red Angus, na fazenda Tradição, que fica a beira da BR 262 – KM 313.
Os autores agiam em propriedades de beira de estrada, o que facilitava a retirada do gado e estavam muito bem equipados para agirem em grandes furtos, já que possuíam caminhões boiadeiros, caminhonetes, F4000, armas de fogo e outros apetrechos como corda, serrote, facão e munições.
Estão presos na sede do Garras Dilson Aparecido Almada, 32, Helio Ângelo dos Santos, 38, Odair José Moraes, 26, Marcos Lean Moraes, 22, Leandro Sanches, 18, Ronaldo Ribeiro Melo, 25, Luiz Fernando de Oliveira, 26, Elias Gomes, 52 anos, Eliton Pereira Souza, 26, Marcio Antônio Morais,24, sendo que ainda está foragido Antônio de Paz Melo, 45.
Segundo o delegado adjunto do Garras, Fábio Peró, a quadrilha praticava os furtos desde o ano passado e estava se programando para aumentar a quadrilha.
O crime já é bem conhecido por pecuaristas do Estado, segundo o diretor- secretario da FAMASUL (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ruy Fachini. “Até câmeras já foram colocadas em algumas propriedades e conseguiram roubar. O que a gente percebe é que eles estão cada vez mais preparados, e esses furtos podem chegar a R$ 1 milhão de reais”, disse.
Além do Garras e do 1º Distrito policial de Aquidauana, colaboraram com as investigações a Famasul e o Sindicato Rural de Campo Grande.
