O psicólogo Silvestre Falcão Santana foi morto por um paciente que ele acompanhava desde a adolescência. O corpo foi encontrado em estado de decomposição dentro de um imóvel na cidade de Guarapari, no Espírito Santo. O principal suspeito foi preso na segunda-feira (14.out.24), dirigindo o carro da vítima, enquanto transportava a namorada e a família dela.
De acordo com o Metrópoles, a delegada Rosane Cysneiros, responsável pelas investigações, informou que o autor confessou o crime e ainda relatou ter roubado o cartão de crédito da vítima, um cordão e R$ 1.417 em dinheiro. A delegada destacou que Silvestre conhecia o suspeito desde que ele era criança, o que reforçava a relação de confiança entre ambos.
Silvestre mantinha uma comunidade terapêutica na Serra, município onde reside a família do autor. A vítima e o suspeito eram considerados pessoas de confiança um do outro. Segundo a delegada, o criminoso deu detalhes de como cometeu o assassinato: primeiro agrediu Silvestre e depois o esfaqueou.
“Ele foi bastante detalhista, frio, não demonstrou nenhum tipo de arrependimento e não demonstrou nenhum sentimento de valor a todo o auxílio que a vítima prestou no decorrer da vida dele, porque ele conhecia a vítima há muitos anos, desde a sua adolescência”, explicou Rosane Cysneiros ao Metrópoles.
A delegada acrescentou que, após o crime, o autor imprimiu as senhas do computador de Silvestre, roubou seu carro e foi para a casa da namorada, agindo com aparente tranquilidade. “Ele falou que foi para o computador, imprimiu todas as senhas de Silvestre. Pegou o carro e foi para a casa da namorada, muito tranquilo. Ainda no sábado, foi para uma festa de dia das crianças e a noite foi para um culto na igreja. No domingo ele passou o dia tranquilo. Na segunda ele foi preso indo para Guarapari, onde a pretensão era adquirir um terreno”, completou a delegada.
Segundo as investigações, o autor estava preso e havia deixado a prisão em agosto deste ano. Ao sair, procurou Silvestre em busca de ajuda. O psicólogo chegou a pagar um aluguel para o suspeito, mas foi morto pouco tempo depois.