24 de abril de 2024
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Rochedinho

Moradores elogiam sossego de Rochedinho e querem distância da Capital

A população afirma que está satisfeita com a qualidade de vida oferecida na pequena região

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Enquanto algumas pessoas vivem na correria em Campo Grande, existem aqueles que conseguem ter um dia tranquilo e a vida em meio ao som de passarinhos pode ser definida em uma única palavra, meu rincão. Basta dar um google para entender a definição de antigos moradores do distrito de Rochedinho, distante 24 quilômetros de Campo Grande, como recanto cercado de matas e rios.

E basta caminhar pela região para entender as afirmações feitas, pois quase não é possível ouvir barulho de veículos, mas sim da natureza. Aos 70 anos de idade, Cursino Pereira, conhecido entre os amigos como ‘Seu Sino’ é responsável pela Associação de Moradores do distrito e garante que pretende continuar ‘no meio do caminho’.

“Aqui é o meio do caminho, eu nasci próximo daqui e também me desloco sempre para Campo Grande. Eu fiz esse caminho aqui a minha vida inteira e resolvi ficar aqui. Costumo dizer que esse aqui é o meio do caminho. Esse lugar é meu rincão, aqui eu quero ficar até o último dia”, diz o presidente.

Seu Sino relembra que já morou em Campo Grande, mas não se acostumou a correria da Capital e voltou para o recanto. “Fiquei uma época lá, mas não deu certo. Eu tenho quatro filhos, todos formados já, um casal mora em Brasília, as outras duas meninas moram em Campo Grande e de vez em quando eles vêm para Rochedinho me ver”.

Questionado sobre o diferencial de viver em Rochedinho, Sino destaca que uma mão costuma lavar a outra entre os moradores. “Aqui um ajuda o outro, as pessoas se preocupam uma com as outras, todo mundo se conhece, todo mundo se considera, um ajuda o outro. Se eu tenho um cacho de banana, eu levo para quem está precisando e assim vai acontecendo”.

Concordando com as afirmações de Sino, Jorge Rodrigues de Souza, 66 anos, que divide casa com o irmão de 80 anos, se orgulho de morar no distrito. “É o melhor lugar que existe para viver no mundo. Bem perto daqui, a 4 quilômetros tem um riozinho, as pessoas vão para lá tomar banho. Tive graças a Deus uma infância muito boa, tomando banho de rio, tive uma vida muito boa no campo”.

Jorge passou por quatro casamento, se tonrou pai de três filhos que preferem levar a vida em Campo Grande. “Eles moram na Capital, eu fico aqui. Eu gosto daqui, não troco o sossego que temos aqui por nada. Aqui nós temos qualidade de vida, não tem esse negócio de roubo, assalto, aqui não existe dessas coisas. Vivemos muito bem”.