26 de abril de 2024
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Hollande diz que "França soube responder à altura"

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Após a morte dos dois jihadistas supostamente atacaram a revista satírica "Charlie Hebdo" e do homem que fez reféns em um mercado de produtos judaicos em Paris, o presidente François Hollande fez um pronunciamento considerado pouco incisivo, sem dar detalhes de quais serão os passos do governo francês a respeito do terrorismo.

O presidente francês agradeceu a eficiência e dedicação dos policiais que salvaram reféns e disse que este era o objetivo principal. Ele também lembrou a solidariedade da população que apoiou as ações e as mensagens de líderes internacionais.

"A França, mesmo diante de uma ameaça muito grave, soube responder à altura", afirmou Hollande. Ele destacou que o governo "se manteve a todo momento vigilante, sereno e respondeu diretamente e com força".

Hollande chamou de fanáticos homens que cometeram os atos bárbaros e disse que não há nenhum outro caminho para eles a não ser "a força da Justiça". O presidente destacou, porém que os terroristas "não representam toda a comunidade muçulmana".

"Eu os convido a unidade. Esta é a nossa melhor arma. Devemos mostrar a nossa determinação contra qualquer coisa que possa nos dividir. Precisamos ser implacáveis contra o racismo e o anti-semitismo", acrescentou.

O presidente confirmou também que quatro pessoas foram mortas nesta sexta-feira (9) no mercado kosher em Paris, mas não detalhou quem eram elas. Ele não deu mais informações sobre novidades nas investigações nem as próximas medidas que o governo francês deve tomar.

Assim como, no discurso que fez logo após os atentados, Hollande terminou o pronunciamento exaltando o nacionalismo do país. "Nesta prova, vamos emergir ainda mais fortes. Viva a República, viva a França."

Abaixo, reportagem da Reuters:

Hollande confirma 4 mortos em cerco a mercado judaico em Paris

PARIS (Reuters) - O presidente francês, François Hollande, confirmou nesta sexta-feira a informação de que quatro reféns foram mortos durante um cerco a um supermercado de produtos judaicos no leste de Paris.

Hollande pediu união nacional e disse que o país deve continuar a ser "implacável" diante do racismo e do antissemitismo.

"Na verdade, foi cometido um ato antissemita terrível", disse ele sobre a tomada de reféns por um atirador islâmico no supermercado Hiper Cacher, no distrito de Vincennes.

Alguns reféns foram vistos correndo do mercado depois que policiais fortemente armados invadiram o local ao mesmo tempo em que outro cerco terminava no norte da França envolvendo os dois suspeitos islâmicos por trás do ataque ao jornal Charlie Hebdo nesta semana.

(Reportagem de Alexandria Sage)

Brasil 247/Band