26 de abril de 2024
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Salões de beleza apostam em cerveja e atendimento em casa para ganhar espaço

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O Estado de S. Paulo

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Todo mundo deve concordar que o atendimento tem de ser bom ou muito bom. E isso serve para qualquer negócio. Nas empresas pequenas, principalmente, uma iniciativa diferenciada para agradar o cliente pode trazer resultados positivos. Duas empreendedoras de São Paulo ilustram muito bem esse tema e ajudam o empreendedor a chegar lá.

Bebida. A Depisil, empresa de depilação e serviços de salão de beleza fundada há dois anos e meio na zona sul da capital, criou um cibercafé, espaço que tem computador onde a cliente pode acessar a internet, checar e-mails e usar as redes sociais. Além disso, começou a oferecer cerveja gratuitamente.

"Tudo começou quando perguntei para um cliente se ele queria água ou café e ele disse, meio que por brincadeira, que aceitaria uma cerveja, pois fazia muito calor", conta a proprietária Silvana Machaca. "Eu tinha uma cerveja que havia sobrado de uma festinha e ofereci. Desde então, passei a comprar a bebida para oferecer às clientes e até aos maridos que ficam esperando", completa.

A empreendedora, com essa decisão, conquistou ainda mais os frequentadores e ganhou novos clientes. "Percebi um aumento de aproximadamente 20% no movimento, pois as clientes passam de boca a boca e falam do ambiente bom que temos na empresa", diz Silvana. A empresa fatura de R$ 8 mil  a R$ 11 mil por mês.

Busca e leva. Em algumas situações, medidas diferentes de atendimento até mudam o direcionamento da atividade. É o caso da empresa Marilda Instituto de Beleza, localizada há mais de 35 anos no centro de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Paula Elias, gerente da empresa e filha da cabeleireira Marilda, conta que o salão atende da bisavó à neta. "Minha mãe trabalha há 50 anos, estamos atendendo a quarta geração de clientes." O salão oferece atendimento domiciliar a quem não pode sair de casa, à pessoas hospitalizadas e também busca a cliente em casa e depois a leva de volta.

"Eu mesma presto esse serviço, não é apenas buscar e levar, é cuidar, pego a cliente dentro de casa, vejo se a roupinha dela está arrumada e depois levo de volta, deixo sentadinha no sofá com o controle remoto na mão", conta Paula. "Faço isso porque respeito um público que amadureceu com meu salão, não só corto cabelo, eu cuido do cliente."

Paula afirma que faz cerca de 250 atendimentos desse tipo por mês. "Nossa meta é dobrar esse número e fazer desse serviço o nosso carro-chefe", revela. O salão passou por uma reforma no começo do ano e ganhou um ambiente totalmente adequado para receber clientes com necessidades especiais, como cadeirantes.