27 de abril de 2024
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Operação Ferro-Velho

Ação conjunta fiscaliza estabelecimentos na região do Anhanduizinho

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Em mais uma ação conjunta da Operação Ferro-Velho, estabelecimentos da região do Anhanduizinho em Campo Grande foram fiscalizados nesta quinta-feira (07). A operação, que conta com forças de segurança e de fiscalização, pretende realizar busca e apreensão de materiais comercializados indevidamente, principalmente o cobre, presente em fios elétricos e alvo constante de furtos na Capital.

A operação contou com fiscais da Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), servidores da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) e operadoras de telefonia.

O secretário Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Anderson Gonzaga, destaca que a operação realizada de forma integrada entre as forças policiais, investiga a procedência de materiais para diminuir a receptação de materiais furtados nestes comércios. Em Campo Grande, há um decreto que pune quem estoca e comercializa esses materiais.

“Depois do decreto da Prefeitura a fiscalização desses locais ficou mais rigorosa, devido à procedência deles. Tanto que é analisado a questão de estocagem, venda e compra desses cobres. O foco é esse, devido ao crescimento de furtos na cidade. Então, a gente começou a intensificar essas fiscalizações nas sete regiões. E esse decreto nos trouxe mais embasamento legal na fiscalização e no tratamento também com rigor, tanto no comércio, tanto também na pessoa que está recebendo”, destaca Gonzaga.

Importante lembrar que na semana passada foram presos três pessoas durante a primeira edição da operação que apreendeu aproximadamente 480 quilos, de fios de cobre sem origem comprovada. Um dos presos permaneceu preso após declarado prisão preventiva e os outros dois foram liberados para responder em liberdade após o pagamento da fiança. Todos foram enquadrados por receptação de produtos e fios que foram reconhecidos pelos fornecedores.

“As operações trazem um benefício para a sociedade de Campo Grande, pois trabalhamos de forma preventiva e também repressiva nesses locais”, finaliza Gonzaga.

O Guarda Municipal, Hudson de Araújo Freitas, destacou que a operação de hoje foi realizada em pontos suspeitos de irregularidades. “Se o dono estiver irregular e haver a presença de material ilícito como cobre sem origem, esse material será apreendido e o responsável encaminhado para a Delegacia”.

O Delegado titular da 5º Delegacia de Polícia, Rudolfo Carlos Ribeiro Galtro, destaca que a operação conjunta culmina após um levantamento desses locais pela Guarda. “Os suspeitos furtam essa fiação de energia elétrica, de cabeamento de telefonia celular para extrair o cobre e vendem em comércios. Isso além do prejuízo financeiro, causa também um prejuízo da prestação de serviço à população. Então, a operação irá até esses locais e se for o caso efetuamos o flagrante e a prisão, se não haver ilícito esse comerciante será orientado e conscientizado para não comprar essa fiação furtada”.

Resultados

O primeiro ponto a ser fiscalizado, localizado no bairro Centro-Oeste, foi encontrado irregularidade na parte documental. O proprietário foi orientado e notificado para requerer a licença para a atividade em um prazo de 7 dias por auditores da Semadur. No local também havia materiais que acumulavam água da chuva recente, mas não havia larvas de mosquito-da-dengue. O proprietário foi orientado pela equipe de Vigilância de Saúde Ambiental da Sesau sobre os cuidados com esse tipo de material.

O segundo comércio, localizado na Avenida Guaicurus, não havia ilícito de cobre sem procedência, mas o proprietário também estava com o alvará de funcionamento irregular. Ele também foi orientado a ir até a Semadur e fazer o requerimento.

Outro estabelecimento, localizado no Bairro Pioneiros, também foi vistoriado e os agentes não encontraram nada de ilícito, porém o proprietário foi notificado pela Semadur em razão da falta da licença ambiental. Ele também tem o prazo de 7 dias para solicitar o documento.

Os materiais de comercialização proibida podem ser categorizados como portas de túmulos feitos de cobre, bronze ou quaisquer outros materiais, oriundos de cemitérios; placas de sinalização de trânsito; tampas de ferro de poço de visita e hidrômetros com ou sem o logotipo da empresa responsável pelos serviços de água, coleta e tratamento de esgoto de Campo Grande; cabos e fios de cobre ou de alumínio de telefonia, energia elétrica, TV a cabo, internet e hastes, oriundos de qualquer empresa, concessionária, prestadora de serviços públicos e privados; escória de chumbo e metais pesados, conforme a Lei n. 6436, de 07/04/2020.