22 de março de 2025
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PROTEÇÃO À MULHER

ACIESP clama por apoio urgente com aumento de 60% no atendimento a mulheres em MS

Neste ano, até 5 de março, já foram acolhidas 250 vítimas de violência doméstica

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Desde o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foram registrados mais quatro casos, totalizando seis desde o início de 2025 em Mato Grosso do Sul.  

Segundo o Instituto de Apoio, Capacitação, Instrução e Economia Solidária do Povo (ACIESP), houve um aumento de 60% na demanda por apoio psicossocial e jurídico para mulheres vítimas de violência.

Em 2023, a instituição atendeu 370 mulheres, das quais 40 ainda estão sob cuidados. Neste ano, até 5 de março, já foram acolhidas 250 vítimas.

De acordo com a presidente Ceureci Ramos, o aumento de denúncias se deve à divulgação de problemas na Casa da Mulher Brasileira, o que tem levado muitas mulheres a buscar o ACIESP, onde encontram um ambiente de proteção e respeito.

Ceureci Ramos. Foto: Tero QueirozCeureci Ramos. Foto: Tero Queiroz

No entanto, a falta de recursos financeiros ameaça a capacidade de atendimento da instituição. "Estamos construindo uma casa que poderá abrigar até 20 famílias, mas contamos com poucos recursos e dependemos de doações para oferecer o suporte que essas mulheres merecem", explicou Ceureci Ramos.

Para o ACIESP, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul desempenha um papel crucial nesse cenário. A presidente solicita que o deputado Gerson Claro (PP), presidente da Casa de Leis, interceda junto aos outros 24 deputados para sensibilizá-los em relação à causa.

Vale lembrar que o presidente da Assembleia é um dos defensores da campanha “Todos por Elas”, que une os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo em defesa da proteção das mulheres. “Nós solicitamos uma emenda coletiva, justamente para que todos possam ajudar com o mínimo! Os que não puderem contribuir, convidamos para vir conhecer o instituto, ver como as vítimas chegam e todo o trabalho de resgatar as vidas e quebrar o ciclo da violência e dos casos de feminicídio”, revelou Ceureci.

Neste ano, os deputados Lia Nogueira (PSDB), Londres Machado (PR) e os parlamentares do PT – Pedro Kemp e Gleice Jane – já se posicionaram favoravelmente em relação à emenda coletiva.

Em anos anteriores, os deputados Coronel Davi (PL), Junior Mochi (MDB) e Paulo Corrêa (PSDB) também contribuíram com emendas parlamentares para o instituto.