O Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) deve entrar ainda nesta sexta-feira (18) com petição para pedir a suspensão da ação que tramita na Justiça que considerou ilegal a greve dos professores. A paralisação da categoria foi realizada no ano passado, ainda na gestão de Gilmar Olarte.
Na época, o então prefeito Gilmar Olarte (Sem Partido) acionou a Justiça pedindo a suspensão da greve dos profissionais, alegando que já cumpria a Lei Municipal 5.411 referente ao piso salarial. Essa lei determina a equiparação do piso dos professores de Campo Grande ao piso nacional para 20 horas semanais.
De acordo com o presidente da ACP, Lucílio Nobre, a Prefeitura de Campo Grande e o sindicato fizeram um acordo e vão apresentar a petição em conjunto pedindo a suspensão da ação. “Estamos aguardando a Procuradoria Geral do Município para poder entrar com a suspensão do processo e fazer um acordo judicial. A ação será em conjunto com a prefeitura e nossa assessoria jurídica”, adiantou.
Redução de prazo
Sobre o prazo que o prefeito Alcides Bernal (PP) deu para os professores de 40 dias para apresentar uma proposta para a categoria, Lucílio disse que vai tentar um acordo para que a prefeitura reduza para 20 dias. “O que queremos é antecipar este prazo”, finalizou.
Enquanto os professores não são atendidos, a categoria continuará com mobilização nas redes sociais a fim de convencer o prefeito a cumprir o piso nacional. “Estaremos em campanha constante nas redes sociais, e sempre em diálogo com a comissão da prefeitura, nós já estamos cansados de promessas, queremos que a lei seja cumprida, esse ano é eleitoral e tem um prazo para isso”, afirmou Luiz Zélia, vice-presidente da ACP.