26 de abril de 2024
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Thaís Helena critica administração de Olarte e fala de greve dos professores a aumentos abusivos do

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A vereadora Thaís Helena (PT), conversou com a reportagem do MS Notícias e comentou o momento de crise que Campo Grande vem passando nos últimos meses. Ela comenta a situação dos professores e disse que isso é falta de planejamento da atual administração.  “Infelizmente chegamos a essa situação por falta de diálogo do executivo. Eu acho que o equivoco foi a maneira como ele está conduzindo as negociações. Em abril quando foi concedido os 18%  se já tivesse informado para a categoria dos professores os problemas financeiros da prefeitura que já eram públicos e notórios não estaria  agora nesse impasse.”, comentou.

Thaís Helena ainda relembrou a ido do prefeito a TV para falar mentiras em relação à câmara de vereadores e dos professores. “O prefeito disse na TV que a câmara aprovou isso de maneira irresponsável e isso não é verdade, nós fizemos todo o levantamento de dotação orçamentária, e também foi colocado que os professores ganham muito e isso não é verdade”.

Ela também criticou a maneira como o prefeito vem se comportando em relação aos professores. “Ele está conduzindo isso de maneira errada. Ele deixou chegar no dia primeiro de novembro para falar que não tem dinheiro para pagar, quando já deveria estar na conta dos professores, e muitos já estavam fazendo compromisso com esse dinheiro. Ficou muito ruim mesmo. Isso foi falta de programação da prefeitura, porque o secretário de finanças, André Scaff sempre disse que não tinha dinheiro, mas a fala do prefeito para a ACP sempre foi de que iria cumprir, para ficar tranquilo  e que estaria vindo 18 milhões da Águas e 50 milhões do Banco do Brasil ao invés de falar não temos dinheiro, estou fazendo corte de despesas e os 8,46% vamos jogar para o ano que vem”, disse.

“Não podemos admitir retroceder em conquistas. Ele deixou o prazo vencer e colocar isso para a categoria. Os professores precisam de valorização. A maneira acirrada na condução das propostas e críticas estão sendo feitas de forma errada. Corta 30% de comissionados que ele consegue fazer esse pagamento. Ele não fez corte algum. Ele só está aumentando IPTU, a tarifa de ônibus foi a três reais e quando você vê que tudo aumenta, e você não vê em contrapartida o corte de despesas da máquina. Então como que ele quer jogar para os professores e para a população uma questão que é muito mais administrativa?”, explicou.

A vereadora também falou que o atual prefeito encontrou dinheiro em caixa e está questionando onde esses recursos foram parar. “Quando o prefeito Gilmar Olarte (PP), assumiu a prefeitura ele disse que o Alcides Bernal era um irresponsável de deixar 500 milhões caixa e cadê esse dinheiro? Que era um absurdo o Bernal deixar de terminar obras, não ter feito isso ou aquilo para deixar dinheiro em caixa. E agora cadê esse dinheiro? Cada hora você faz uma fala, ele tem que ter responsabilidade com o município”.

Thaís Helena também disse que quando a lei do piso nacional foi aprovad pela Câmara de Vereadores existia a dotação orçamentária destinada para isso. “Na questão dos professores a câmara jamais iria aprovar a lei se não tivesse dotação orçamentária predestinada para esse fim. Então a gente não sabe onde se perderam esses recursos”.

A vereadora reafirma que o prefeito tem que cortar comissionados, inclusive professores convocados que não estão em sala de aula. “Ele tem que cortar comissionados, a população não pode arcar com 12 milhões de comissionados por mês e 18 milhões de professores convocados por mês. Nós sabemos que tem 3100 professores convocados não devem estar todos na sala de aula, os que estão a gente precisa manter e o município tem que arcar com isso e os que não estão será que não deveria sair para diminuir essa folha”, questiona.

A cultura também está sofrendo com essa administração, pois vários artistas reclamam que não estão recebendo por apresentações já realizadas. “É lamentável a reunião que tivemos com o pessoal da cultura que sempre é renegado a quarto ou quinto plano. Tem artistas que estão desde de abril sem pagamento”.

A vereadora também comentou sobre a saúde e o Hospital Municipal Pediátrico. “Nós não somos contra o Hospital Pediátrico, mas eles tem que resolver o problema dos bairros primeiro. Eles estão centralizando novamente os serviços e essa não é a forma correta de se administrar e quem perde é a população. O UPA da Moreninha é uma obra muito importante, porque aquela região tem muita gente e isso já desafogaria a Santa Casa por exemplo, porque são coisas que podem ser resolvidas no UPA e a obra está praticamente pronta. Nós tivemos que aprovar um empréstimo na Câmara Municipal porque várias obras estão paradas e não tem o recurso da contrapartida do município e quando você consegue um recurso do governo federal você tem que mandar uma carta dizendo que tem o recurso da contrapartida e quando você assinou o convênio é porque você tinha esse recurso e onde foi parar a contrapartida? Nós da câmara tivemos que aprovar porque são obras importantes do PAC e já tem outro pedido de suplementação para ser votado na casa e nós estamos vendo que se a administração não tiver pulso firme ela vai de mau a pior, está sem ter um planejamento da cidade, porque a cidade não se faz só com cimento”, finalizou.

Leide Laura Meneses