26 de abril de 2024
Campo Grande 23ºC

Delcídio critica postura omissa da União sobre conflitos rurais no Estado

A- A+

Diana Christie

Para o senador Delcídio do Amaral (PT/MS), a audiência pública para discutir os conflitos entre índios e produtores rurais por terra em Mato Grosso do Sul realizada pela CRA (Comissão de Agricultura e Reforma Agrária) do Senado foi improdutiva. “Foi uma reunião muito ruim porque o governo não compareceu. Não apareceu a Funai (Fundação Nacional do Índio), nem ninguém do Ministério da Justiça. A reunião foi absolutamente estéril”, enfatizou.

Segundo o parlamentar, a audiência serviu apenas para registrar questões que são de amplo conhecimento. “Lamentavelmente o governo não se posiciona. Não é só em Mato Grosso do Sul, o governo não anda bem em relação à politica indigenista no país inteiro. Vários estados passam por dificuldades parecidas, mas MS é o estado onde o quadro é mais grave”, afirma.

O petista informou ainda que há uma reunião marcada para quinta-feira onde representantes da Funai e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, devem estar presentes. “Eu mesmo já falei com o José Eduardo Cardozo e ele ficou de apresentar estratégias para indenizar a Buriti aqui perto da Sidrolândia”, explicou.

A audiência - Durante a audiência pública da semana passada, o vice-presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Jonatan Pereira Barbosa, alertou sobre o risco de “derramamento de sangue” no Estado se o governo federal não apresentar uma solução definitiva para a questão fundiária até o prazo estabelecido pelos produtores de 30 de novembro.

Em nota, a assessoria a Funai disse que esteve presente em audiências públicas na Câmara dos Deputados, Senado Federal, Ministério da Justiça, com representantes indígenas e produtores rurais e que, em reunião no mês de agosto, o governo fechou um acordo histórico para resolver os conflitos em Mato Grosso do Sul. A assessoria ainda disse que não tem qualquer conhecimento sobre o prazo do dia 30 de novembro definido pelos produtores como limite para solução do impasse.