Filho do atual presidente da república, durante seu ato de filiação ao partido Patriota ontem (31.mai.2021), o senador Flávio Bolsonaro (RJ) anunciou que seu pai e irmãos devem juntar-se também à sigla conservadora comandada hoje por Adilson Barroso. As informações são do portal Brasil de Fato.

Com isso, pelo novo partido, o clã Bolsonaro deve vir com tudo para 2022, segundo discursou Flávio, dizendo que o objetivo é construir “o maior partido do Brasil após as eleições”, apesar de o próprio Jair já ter "flertado" algumas outras vezes (sem sucesso) com o partido e do fato de que Patriota ainda aguarda a inscrição de Bolsonaro em seus quadros. Em 26 de maio o senador deixou o Republicanos. Além do senador, outros dois filhos atuam na política institucional: Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é deputado federal, e o vereador Carlos Bolsonaro, que já legisla pelo Patriota no Rio de Janeiro.

Em seu discurso, Flávio apontou uma comparação de que o atual contexto do Patriota se assemelha ao histórico do PSL, que tinha apenas um deputado antes da chegada de Bolsonaro e levou Jair à vencer as eleições. “Fizemos bancada com 52 deputados. Não tenho dúvida de que a gente pode construir um partido maior ainda que o PSL”, disse.

Conhecido por "pular de galho em galho", durante toda sua trajetória política Bolsonaro já passou por oito legendas, sendo elas:

• PDC (1990-1994),
• PPR (1993-1995),
• PPB (1995-2003),
• PTB (2003-2005),
• PFL (2005),
• PP (2005-2016),
• PSC (2016-2017) e
• PSL (2018-2019).

Atual "Patriota", a sigla de Adilson Barroso já foi o Partido Ecológico Nacional (PEN), até autorização pelo TSE para a mudança, que ocorreu entre 2017 e 2018. Em 2017, Jair Bolsonaro inclusive assinou ficha de filiação, migrando para o PSL em seguida, que o levou até a Presidência da República. 

'RIVAL DIRETO'

Washington Quaquá, que é vice-presidente do PT, afirmou em entrevista que Lula também será candidato em 2022, dizendo que o partido não tem chances de plano B e que o ex-presidente está com sangue no olho. Para um possível 3º mandato, Quaquá diz que Lula tem muito mais experiência agora e suas causas não são radicais, mas dentro da realidade.

"Acho que ele vai retornar a política da distribuição de renda através do aumento do salário mínimo acima da inflação, além da renda básica para uma parte grande da população. Mas o que é radical é uma política tributária que financie tudo isso", declarou ele à DW.

Quaquá ainda revelou o plano do partido de taxas os que possuem maiores fortunas no Brasil. "Os ricos não vão deixar de ficar ricos, mas deixar de ganhar absurdamente, para que parte da renda deles seja revertida para melhorar a vida da sociedade. Isso aqui não é um engenho colonial, isso aqui tem de ser um país".