O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar a demora no atendimento psicológico oferecido pelo Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Ivinhema.
A cidade, cujo prefeito se autodenomina “o mais louco do Brasil”, enfrenta um cenário alarmante: 910 pacientes aguardam por atendimento com psicólogos da rede pública.
A investigação foi aberta após a 382ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Saúde apontar a existência da fila represada. Segundo apurado, o atendimento é feito por apenas uma psicóloga com carga horária de 40 horas semanais e outras quatro com 20 horas cada — número considerado insuficiente pelo MPMS para dar conta da crescente demanda.
“É evidente a carência de profissionais, o que compromete a qualidade do atendimento prestado à população”, registrou o promotor Allan Thiago Barbosa Arakaki, responsável pelo caso.
Entre as medidas adotadas, o MP requisitou à Secretaria de Saúde a lista completa de pacientes em espera, a identificação dos profissionais com suas respectivas jornadas e contratos, além de documentos que justifiquem a situação atual.
O prazo para resposta é de 30 dias, sob pena de sanções legais, conforme edital do inquérito publicado no diário oficial do MPMS desta terça-feira (22).