26 de abril de 2024
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ONU condena Rússia: "O relógio é uma bomba-relógio"

Brasil votou contra o autocrata Vladimir Putin

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O governo de Vladimir Putin (autocrata Russo) foi condenado por 141 países em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (2.mar.22), devido aos ataques injustificados a nação democrática da Ucrânia, que resiste ao lado do presidente Volodmir Zelenski ao 7º dia de guerra.  

O chefe da ONU, António Guterres, enfatizou a necessidade de agir rapidamente, pois a situação na Ucrânia ameaça ficar muito pior, acrescentando que “o relógio é uma bomba-relógio”.  “Olhando para o futuro, continuarei a fazer tudo ao meu alcance para contribuir para a cessação imediata das hostilidades e negociações urgentes para a paz”, disse Guterres a jornalistas. 

A resolução de condenação ao governo Putin foi apoiada pelo Brasil. 

Estamos mostrando aqui no MS Notícias o terror vivido pelos ucranianos, desde que a Rússia iniciou a invasão na madrugada da quarta-feira (23.fev.22).  

Apenas cinco países votaram contra a resolução: a própria Rússia, a sua aliada Bielorrússia, Síria, Eritreia e a ditadura da Coreia do Norte. Outros 35 países se bstiveram, entre eles: China, Índia, Irã, África do Sul e Cuba.

Em 2014, quando a Rússia tomou a Criméia da Ucrânia, eram 100 votos contra os avanços de Putin. Hoje 193 países-membros da ONU se reuniram e suas resoluções não são vinculantes, mas a forte condenação tem peso político e econômico.

O texto da resolução exige a retirada imediata das tropas russas. "Deplora nos termos mais fortes a agressão da Rússia contra a Ucrânia" e exige que a Rússia “cesse imediatamente seu uso da força contra a Ucrânia”, além da “retirada imediata, completa e incondicional de todas as suas forças militares”.

A Carta da ONU só admite guerras em legítima defesa contra um ataque ou com autorização do Conselho de Segurança da organização.

A resolução ainda "lamentou" a decisão da Rússia "relativa ao estatuto de certas áreas das regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia como uma violação da integridade territorial" ucraniana, referindo-se ao reconhecimento, em 21 de fevereiro, da independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, no Leste ucraniano, pelo presidente russo, Vladimir Putin.

A resolução exige que a Rússia "reverta imediatamente e incondicionalmente" esse reconhecimento descabido de Putin, que é autocrata na Rússia e não na Ucrânia, que elegeu seu presidente nas urnas. 

O posicionamento do Brasil a favor do texto se deveu, principalmente, ao aumento da intensidade dos bombardeios russos e à pressão internacional sobre o governo brasileiro. O embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, já havia condenado a invasão russa na sexta-feira, em votação no Conselho de Segurança, do qual Brasil é membro não permanente.