25 de abril de 2024
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Petistas rejeitam possibilidade de ter Giroto como vice de Delcídio

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A remota possibilidade de ter Edson Giroto (PR), como vice-governador  na chapa petista que irá disputar o governo do Estado este ano não convence nem agrada os petistas sul-mato-grossenses. Depois de saber que Giroto participou de uma reunião neste último final de semana com Delcídio, acompanhado do presidente regional do PR, Londres Machado, e do deputado estadual Paulo Corrêa despertou opiniões diversas entre os petistas. Para o ex-governador do Estado e atual vereador, Zeca do PT, esta possibilidade não passa de mera especulação. "Não acredito nesta possibilidade, até porque o PR  pelo que tenho visto vai apoiar o PMDB", analisa Zeca. Outro ponto ressaltado por Zeca é a proximidade de Giroto e André, o que faria com que tal composição fosse vista como uma "traição" de André ao pré-candidato do PMDB, Nelson Trad Filho, ao governo do Estado. "Sabemos que Giroto irá fazer o que o André mandar. Se isso acontecer (Giroto se tornar vice de Delcídio) mostra claramente que André estará apostando a ficha dele em outro projeto que não o de seu partido", ponderou Zeca. Já o deputado federal pelo PT, Antonio Carlos Biffi, não quis debater a fundo o mérito da questão, mas defendeu que Delcídio está uma fase inicial de campanha e que precisa conversar com todos os partidos. "Ainda é muito cedo para falar, mas as conversas estão acontecendo com todos os partidos. Concordo com esta forma, ela é importante e Delcídio tem mesmo que conversar com todos. É evidente que em conversas surgem quadros políticos e isso é positivo, mas não podemos arriscar a dizer o que é ou não favorável ainda", afirma Biffi. Mesmo diante de opiniões diversas,  a mera possibilidade de Giroto integrar a base de Delcídio na disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul incomodará tanto os peemedebista quanto os petistas. Afinal, por trás de Giroto, está as mãos de André Puccinelli que, como costuma dizer a vice-governadora do Estado, Simone Tebet (PMDB), possui "patas de elefante", que pesam e tem poder decisivo. E todos sabem, também, que André apoia Dilma e que ele e o senador Delcídio do Amaral, embora sejam de partidos tradicionalmente rivais  em Mato Grosso do Sul, sempre tiveram uma relação de diálogo positiva. Heloísa Lazarini