25 de abril de 2024
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Puccinelle se compromete com Dilma a levar pedido de aliança com PT ao diretório do PMDB-MS

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O governador André Puccinelli (PMDB) pretende manter em segredo a conversa política que teve com a presidente da República Dilma Rousseff (PT) na última quarta-feira. Até mesmo seu companheiro político de longa data, o deputado estadual e presidente da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Jerson Domingos, deve ser privado do conteúdo misterioso da reunião entre André e Dilma.

Ontem à tarde, Jerosn havia dito ao MS Notícias que conversaria com Puccinelli, à noite, durante um jantar da Confederação Sul-Mato-Grossense de Futebol, realizado no Buffet Bodega. André, ao ser questionado pela equipe do MS Notícias, no evento, sobre a conversa entre eles, sorrindo respondeu: "Eu vou deixar ele na saudade. Não vou dizer para ele o que eu a Dilma tratamos. Ele vai ficar à margem", afirmou Puccinelli.

O governador, no entanto, revelou alguns detalhes da conversa com Dilma e, como de costume, deixou alguns mistérios no ar. Questionado sobre a aliança com o PT, Puccinelli, em um primeiro momento disse que não havia conversado com Dilma sobre isso, diretamente, no entanto, ao longo da conversa revelou que o assunto, de fato, entrou em pauta, e disse que Dilma lhe pediu ajuda para formar aliança entre PT e PMDB em Mato Grosso do Sul, reproduzindo no Estado, o casamento nacional.

Sobre o apoio a Dilma, André foi claro ao dizer que ele e Jerson irão tentar até o último minuto fazer com o que diretório estadual mude de ideia e apoie a reeleição da presidente. "A gente vai expor e vai pedir. Vou expor porque eu gostaria em nome de Mato Grosso do Sul pelo que a presidente Dilma fez pelo nosso Estado e que configurou-se no dia 7 de maio acrescentando mais coisas. Vou pedir, acompanha quem quer, mas eu tenho por obrigação por gratidão por tudo que ela fez pelo nosso Estado votar nela e apoia-la."

Retomando a conversa com a presidente Dilma sobre a aliança entre PT e PMDB no Estado, Puccinelli afirmou que o PT veio pedindo a aliança. "O PT veio pedindo a aliança, eu disse que hoje é muito difícil, o deixaram para pedir por muito tempo. O Michel já veio dizendo, mas eu me comprometi a levar à apreciação do diretório. Agora cabe ao PT nacional vir aqui e dizer queremos aliança e pedir-nos em casamento", explica.

Depois de dizer que irá colocar o assunto em pauta no diretório estadual, Puccinelli acrescentou que além de lavar à apreciação irá expor sua opinião. "Vou levar à apreciação do diretório e vou levar minha opinião, respeitando se porventura o partido não quiser fazer aliança, mas dizendo que se dependesse do meu palpite, o meu palpite seria que apoiássemos a Dilma", finaliza.

Heloísa Lazarini